9 de junho de 2015

São José de Anchieta, o taumaturgo


           Comemorando a festa do grande santo do Brasil, Pe. José de Anchieta, os Cooperadores de Nossa Senhora da Saúde promoveram em sua sede social a celebração de uma Missa, e assistiram a uma palestra proferida por um sacerdote arauto a respeito da vida deste santo e dos seus inúmeros milagres.
            Entre outros comentários lembrou que São José de Anchieta foi um dos primeiros missionários a evangelizar o nosso País. Seus pés descalços percorreram boa parte do território nacional. Como catequista e pregador excepcional, ensinou ao povo simples o caminho de Deus.
             Sendo profeta, descobriu os segredos de muitos corações. Por amor a Cristo e ao próximo, expôs-se muitas vezes à morte, passou fome e frio, além de tantas outras privações.
             Com seus milagres, curou doentes, dominou as feras e acalmou tempestades. Seu amor pelos índios o levou a aprender rapidamente a língua dos nativos e a compreender os seus costumes. Nascido rico, fez-se pobre, e deixou aos brasileiros a sua maior herança: a fé em Cristo Jesus.
            Sua vida é rica em milagres, alguns dos quais bem conhecidos, como a ressurreição do índio Diogo. Este nativo morreu na vila de Santos, na casa do nobre Domingos Dias, e todos o tinham por católico. Algo surpreendente se passou no velório: o corpo do Diogo se moveu, causando grande espanto entre os presentes. Aproxima-se então Grácia Rodrigues, a senhora da casa e uma das testemunhas que prestaram juramento a respeito da veracidade do fato, e o índio lhe pede para chamar o padre Anchieta, a fim de ser batizado. Segundo ele, o Santo viera-lhe ao encontro, mandando que retornasse à vida. Todos responderam ser impossível, pois o sacerdote se encontrava em São Vicente. Replicou Diogo dizendo estar o santo a apenas duas léguas de distância, perto de um riacho. Apesar de perplexos, alguns foram rapidamente ao local, encontrando Anchieta já a caminho. Quando chegou, o missionário ordenou ao índio que dissesse em público o motivo de sua ressurreição.
               Então ele passou a narrar que os portugueses o haviam instruído na Fé cristã, sem contudo batizá-lo. Ele pensou não ser necessário o Batismo, sendo suficiente levar uma vida correta. Entre as abundantes lágrimas dos presentes, o Santo batiza-o , e em seguida volta a deitar-se no caixão, entregando sua alma a Deus.
              Outro fato extraordinário comentado na palestra:  No local onde o rio Anhembi forma uma cachoeira, os remadores não lograram conduzir a canoa por entre as pedras. Em fração de segundos a frágil embarcação despencou cachoeira abaixo.
               Calcula o Pe. Vicente Rodrigues que o rio, nesse ponto, teria de 15 a 18 metros de profundidade. Os índios, hábeis nadadores, vieram logo à tona, bem como os demais viajantes.
               Passados alguns instantes, notaram a falta do Pe. Anchieta. Mergulhou o índio Araguaçu por duas vezes ao fundo do rio tentando localizar o corpo do servo de Deus. Na segunda vez conseguiu trazê-lo à superfície, escorrendo água e sem a menor lesão, “Perguntou-lhe o Pe. Vicente Rodrigues como se houvera tanto tempo debaixo d’água. Respondeu que vinha rezando o ofício da Imaculada Conceição.
               Quanto tempo terá permanecido o Pe. Anchieta sob a água? Segundo o depoimento de um dos seus companheiros de viagem - Baltasar Fernandes - o Jesuíta taumaturgo teria ficado debaixo d’água “além de meia hora”. O Pe. Pero Rodrigues fala em “obra de meia hora”. Meia hora, pouco mais ou menos, o importante é que a Providência realizou o milagre, que realçava a força da nova evangelização em terras de além-mar.



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