28 de junho de 2018

São Pedro Apóstolo


                 Na solenidade dedicada ao Apóstolo São Pedro, meditemos com Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, o Evangelho desse dia:

             Ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus fez a seguinte pergunta aos seus discípulos:"Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?"
              A cidade na qual se desenvolve o Evangelho de hoje havia sido construída pelo tetrarca Filipe que, para angariar a simpatia do imperador César Augusto, deu-lhe o nome de Cesareia.
              Calcando as pedras da região, foi que se estabeleceu o diálogo durante o qual se tornaram explícitas para os Apóstolos a natureza divina de Jesus e a edificação da Santa Igreja.
              Convém não esquecermos o quanto a divina pedagogia de Jesus escolhia os acidentes da natureza sensível para efeito didático, e assim poderem seus ouvintes ter melhor compreensão das realidades invisíveis do universo da Fé.
              A esse respeito, seriam inúmeros os casos a serem citados, mas basta-nos lembrar o modo pelo qual Ele convocou os dois irmãos pescadores, Pedro e André: "Segui-me e Eu farei de vós pescadores de homens" (Mt 4, 19).
          Não se trata, portanto, de nos basearmos em razões meramente poéticas para supor que o desenrolar dessa conversa verificou-se sobre as pedras; há por detrás, um elevado teor simbólico. Ali estavam rochas que deviam perpetuar-se, e a contemplação dessas criaturas minerais, fruto de sua onipotência, tornava mais bela a solene profecia da edificação de sua indestrutível Igreja.
              Alguns autores ressaltam outro importante aspecto: o fato de Jesus ter escolhido uma região pertencente à gentilidade para manifestar-Se como Filho de Deus e fundar o primado de sua Igreja.Eles interpretam como sendo um prenúncio da rejeição do reino messiânico, pelos judeus, e sua definitiva transferência para os gentios.
              Jesus não pergunta o que pensam os outros a respeito dEle, mas sim do Filho do Homem, "a fim de sondar a Fé dos Apóstolos e dar-lhes ocasião de dizer livremente o que sentiam, embora Ele não ultrapassasse os limites daquilo que poderia lhes sugerir sua santa Humanidade".
              Eles responderam: "Uns dizem que é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum dos profetas".
              Os Apóstolos tinham exata noção do juízo que os "homens" de então faziam a propósito do Divino Mestre. Apesar de todas as evidências, dos milagres, da doutrina nova dotada de potência, etc., o povo não O considerava como o Messias tão esperado. Jesus surgia aos olhos de todos como a ressurreição ou o reaparecimento de anteriores profetas. Não encontravam nEle a eficaz magnificência do poder político, tão essencial para a realização do mirabolante sonho messiânico que os inebriava. Daí imaginarem-No o Batista ressurrecto, ou Elias, enquanto mais especificamente um precursor, ou até mesmo um Jeremias, lídimo defensor da nação teocrática.
                Perguntou-lhes de novo: "E vós, quem dizeis que Eu sou?"
                Bem sublinha São João Crisóstomo a essência desta segunda pergunta . Sem refutar os erros de apreciação dos outros, Jesus quer ouvir dos próprios lábios de seus mais íntimos o juízo que dEle fazem. Para lhes tornar fácil a proclamação de Sua divindade, não usa aqui o título humilde de Filho do Homem.
                Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: "Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo".
                Pedro falava como intérprete da opinião de todos, por ser o mais fervoroso e o principal. Chamou a Cristo de Filho de Deus por natureza, quando O contrapôs a João, a Elias, a Jeremias e aos profetas, os quais foram - claro está - filhos de Deus por adoção" .
                Jesus disse-lhe em resposta: "És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu".
                Ao felicitar seu Apóstolo, Jesus avalia a afirmação de Pedro a respeito de sua filiação e, portanto, de sua natureza divina e consubstancialidade com o Pai.
                Em nenhuma ocasião anterior Pedro recebeu tal elogio saído dos lábios do Salvador. Nesta passagem, ele "é feliz porque teve o mérito de elevar seu olhar além do que é humano e, sem deter-se no que provinha da carne e do sangue, contemplou o Filho de Deus por um efeito da revelação divina e foi julgado digno de ser o primeiro a reconhecer a Divindade de Cristo".
               Portanto, a afirmação de Pedro se realizou com base num discernimento penetrante, luzidio e abarcativo da natureza divina do Filho de Deus.
                Essa é a nossa Fé ensinada pela Igreja, revelada pelo próprio Deus, anunciada pelo Filho, o enviado do Pai, e confirmada pelo Espírito Santo.
                Também Eu te digo: "Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno nada poderão contra ela".
 O plano de Jesus é proclamado sobre as rochas de Cesareia, pelo próprio Filho de Deus, que Se apresenta como um divino arquiteto a erigir esse edifício indestrutível, grandioso e santíssimo, a sociedade espiritual, constituída por homens: militante na Terra, padecente no Purgatório, triunfante no Céu. O conjunto de todos aqueles que se unem debaixo da mesma Fé, nesta Terra, chama-se Igreja. Desta, o fundamento é Pedro e todos os seus sucessores, os romanos pontífices, pois, caso contrário, não perduraria a existência do edifício. Eis um ponto vital de nossa Fé: "o fato da Igreja estar edificada sobre o próprio Pedro".
(Extrato de artigo de Mons. João S. Clá Dias)

São Paulo, o gigante da Fé



              Quem pode dizer de si mesmo: “combati o bom combate”, “guardei a fé”, “sede meus imitadores”, “tudo posso n’Aquele que me conforta”? Curou inúmeros enfermos, ressuscitou um morto, converteu multidões, foi açoitado, flagelado, apedrejado, naufragou, e morreu mártir.                
              Este é o admirável São Paulo, cuja festa a Igreja celebra neste Domingo, juntamente com o Apóstolo São Pedro.

              Com  o  sacrifício  do primeiro mártir, Santo Estevão, teve início violenta perseguição contra a Igreja de Jerusalém,  obrigando  os fiéis a se dispersarem pelo interior  da Judéia,  pela Samaria,  Síria e ilha de Chipre. Somente  os Apóstolos permaneceram mais algum tempo na Cidade Santa.
Um  fariseu  se  destacava   por seu ódio contra  os seguidores  de Jesus: Saulo. Não tendo idade legal para apedrejar Estevão, Saulo limitou- se a tomar  conta  dos mantos  dos algozes. O seu ódio aos cristãos o levou a pedir  ao príncipe  dos sacerdotes  cartas  para  as sinagogas de Damasco,  com o fim de levar presos a Jerusalém os cristãos que lá encontrasse.

A mais retumbante conversão da História
               Quem era esse Saulo?
                Pelo ano 3 de nossa era, nasceu ele em Tarso, na Cilícia, cidade então  célebre  como centro  comercial e intelectual. Sua família pertencia à tribo de Benjamin e gozava do direito  de cidadania  romana. Jovem ainda, estudou em Jerusalém, na escola do conhecido Gamaliel. Mas tudo leva a crer que permaneceu poucos anos nessa cidade, e não chegou a conhecer pessoalmente Jesus,  segundo  alguns autores.
                Quando o  reencontramos  em Jerusalém,  ei-lo na primeira  fileira dos perseguidores dos cristãos.
            
                 Sua maravilhosa  conversão  no caminho  de Damasco,  a mais retumbante da História, deu-se  por volta do ano 35. Tinha ele cerca de 32 anos. É bem conhecido o episódio em que, subitamente envolto por uma luz resplandecente, caiu por  terra  e ouviu uma  voz vinda do Céu:
— Saulo, Saulo, por que me persegues?
— Quem és, Senhor?
— Eu sou Jesus, a quem tu persegues.
— Senhor,  que  queres  que  eu faça? — perguntou trêmulo  o até então orgulhoso fariseu.
— Levanta-te, entra na cidade. Aí te será dito o que deves fazer, — respondeu Jesus.
               E Saulo, levantando-se, constatou que estava cego...
               Para grandes males, grandes remédios. Que soberana  manifestação de Deus, reduzindo à impotência aquele que julgava tudo poder! Cego, apenas sabia que devia se dirigir a Damasco: Aí te será dito o que deves fazer...
               A auto-suficiencia de Saulo fora substituída pela  humildade  de Paulo. Morrera o fanático fariseu, perseguidor dos cristãos; nascia o gigante da Fé que deslumbrará a Igreja.

Tudo no Apóstolo Paulo é grandioso
               Em Damasco,  Ananias lhe restituiu a vista e o batizou. Em seguida,  o néo-convertido  passou  três anos no deserto  da Arábia,  sendo instruído  pelo próprio  Jesus. Voltando  à capital da Síria, pregou  a fé cristã com tanto  zelo e sucesso, que os judeus,  furiosos, tentaram matá-lo. Mas os discípulos fizeram-no descer à noite pela muralha, dentro  de um cesto.
               Fugindo para Jerusalém, tentou juntar-se lá aos cristãos, mas todos o temiam, não crendo em sua conversão. Então Barnabé apresentou-o aos Apóstolos,  narrando como em Damasco Paulo  pregara  com desassombro o nome de Jesus. Permaneceu pouco tempo na Cidade  Santa, pois aí também  alguns judeus  quiseram matá-lo.  O próprio  Jesus  lhe apareceu, alertando-o:  “Apressa-te e sai logo de Jerusalém porque não receberão o teu testemunho a meu respeito. Vai, porque Eu te enviarei para longe, às nações...”.

Portentosa epopéia evangelizadora
               Com  esse mandato do  Divino Mestre, o Apóstolo iniciou sua portentosa  epopéia  de evangelização entre os gentios. Partiu para Tarso, e de lá seguiu com Barnabé  para Antioquia,  onde formaram uma grande  comunidade  de  fiéis. Nesta  cidade,  os discípulos de Jesus foram chamados pela primeira vez de cristãos, para os distinguir dos judeus e dos gentios.
               Na  ilha  de  Chipre,  para  onde os dois Apóstolos se dirigiram, vemos um exemplo do fogo evangelizador de Paulo. O procônsul Sérgio Paulo,  homem  sensato,  desejava ouvir a palavra de Deus. Mas Barjesus, um mago, procurava desviar da  fé esse magistrado romano. Então Paulo  cravou os olhos no falso profeta e disse: “Filho do demônio, cheio de todo engano e de toda astúcia, inimigo de toda justiça, não cessas de perverter os caminhos retos do Senhor! Eis que agora está sobre ti a mão do Senhor e ficarás cego. Não verás o sol até nova ordem!”  Ao ver o mago logo reduzido à cegueira, o procônsul abraçou a fé, admirando vivamente  a doutrina do Senhor. Apesar disso, as autoridades da cidade  expulsaram  os dois Apóstolos, por instigação dos judeus.
                Assim, por  sucessivas cidades, após  a pregação  destemida do Evangelho,  acompanhada por vezes de milagres admiráveis, numerosas conversões  se davam, o que ocasionava a perseguição  por parte dos dirigentes das sinagogas locais.

A sagacidade, virtude saliente dos Santos de todas as épocas
              O Divino Mestre nos recomenda sermos simples como a pomba e astutos como a serpente.
São Paulo nos dá disso exemplo.
              Foi ele pregar  o nome de Cristo  em  Atenas,  centro  intelectual do mundo  antigo. Todos  os dias, discutia  com  os judeus  nas  sinagogas e anunciava na praça pública o nome de Jesus e sua Ressurreição.  Alguns  filósofos levaram-no para discursar no Areópago, local por excelência  onde  os atenienses se reuniam para dizer e ouvir as últimas novidades. Demonstrando fina sagacidade, Paulo iniciou assim seu discurso: “Homens  de Atenas, em  tudo vos vejo muitíssimo religiosos. Percorrendo a cidade e considerando os monumentos do vosso culto, encontrei também  um altar com esta inscrição: A um deus desconhecido. O que adorais sem o conhecer, eu vô-lo anuncio!”.
              Quando, no final de seu discurso, o ouviram  afirmar  que Cristo ressuscitou, muitos zombaram  dele. Entretanto, alguns homens creram  e foram  batizados,  entre  os quais São Dionísio Areopagita, primeiro Bispo de Atenas.

Deus quer operar milagres através dos Santos
               Deus deu a alguns de seus discípulos o poder  de, em seu nome, curar os enfermos, expulsar os demônios,  e até  ressuscitar  mortos. São Paulo valeu-se largamente desse poder, para  atrair  e confirmar na Fé aqueles a quem pregava.
               Na cidade de Listra, ordenou a um homem coxo de nascença: “Levanta-te direito sobre os teus pés!”. Este deu um salto e pôs-se a andar. Impressionado, num primeiro mo mento o povo quis adorá-lo  como um deus. Porém,  manipulado por alguns judeus,  acabou  apedrejando Paulo. Julgando-o morto, o arrastou para fora da cidade. O Apóstolo foi salvo depois pelos discípulos.
               Na ilha de Malta,  curou  o pai do governador,  impondo-lhe as mãos. Sabendo  disto, os habitantes apressaram em trazer-lhe todos os doentes  da ilha, e todos foram curados.
               E em Trôade,  Paulo ressuscitou um moço que,  durante uma  pregação que se prolongara noite adentro, adormeceu e caiu do terceiro andar, vindo a falecer.
               Seria demais longa a enumeração desses fatos prodigiosos.
               Mencionemos apenas mais um, muito interessante para mostrar como Nosso Senhor  Jesus Cristo se compraz  com o culto às relíquias dos Santos.  Diz o livro dos Atos dos Apóstolos  (19, 11): “Deus fazia milagres extraordinários por intermédio de Paulo, de modo que lenços e outros panos que tinham  tocado o seu corpo eram levados aos enfermos; e afastavam-se deles as doenças e retiravam-se os espíritos malignos”.

O elogio de si mesmo, em defesa dos fracos na Fé

              Premido pela necessidade de anular  os efeitos  nefastos  de falsos apóstolos,  ministros de  Satanás disfarçados em ministros de Cristo, São Paulo vê-se obrigado a fazer aos cristãos de Corinto  esta magnífica  apologia  de si mesmo: “São hebreus? Também  eu. São israelitas? Também eu. São ministros de Cristo? Falo como menos sábio: eu, ainda mais. Muito  mais pelos trabalhos, muito mais pelos cárceres, pelos açoites sem medida. Muitas vezes vi a morte de perto. Cinco vezes recebi dos judeus os quarenta açoites menos  um.  Três vezes flagelado com varas. Uma vez apedrejado. Três vezes naufraguei.”
               Continuando, proclama  que, sem a graça, ele nada é, e faz uma repreensão aos coríntios: “Importa que me glorie? Na verdade, não convém! Passarei, entretanto, às visões e revelações do Senhor. Conheço um homem em Cristo que há catorze anos foi arrebatado até o terceiro céu. (...) e lá ouviu palavras inefáveis, que não é permitido a um homem repetir. Deste homem eu me gloriarei, mas de mim  mesmo  não me gloriarei, a não ser das minhas fraquezas (...)  Vós é que deveríeis fazer o meu elogio, visto que em nada fui inferior a esses eminentes apóstolos, se bem que nada sou”.
               Também perante os gálatas, teve de usar argumentação semelhante: “Estou admirado de que tão depressa passeis daquele que vos chamou  à  graça de  Cristo para um evangelho diferente.
(...) Asseguro-vos, irmãos, que o Evangelho pregado por mim não tem nada de humano. Não o recebi nem o aprendi de homem algum, mas mediante uma revelação de Jesus Cristo. (...) Estou pregado à cruz de Cristo. Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou  e se entregou por mim”.
                E  aos filipenses:  “Se há quem julgue ter motivos humanos para se gloriar, maiores os possuo eu: circuncidado  ao oitavo dia, da raça de  Israel, da  tribo de  Benjamim, hebreu e filho de hebreus. (...) quanto à justiça legal, declaradamente irrepreensível. (...) Irmãos, sede meus imitadores, e olhai atentamente para os que vivem segundo o exemplo que nós vos damos. Porque há muitos por aí, de quem repetidas vezes vos tenho falado e agora o digo chorando, que se portam como inimigos da cruz de Cristo. Nós, porém, somos  cidadãos dos céus.”

Combateu o bom combate, recebeu no Céu a coroa de justiça
                Grandiosa foi sua vida, tal será também sua morte.
                Sendo cidadão romano, São Paulo  não  podia  ser  crucificado. Foi, assim, decapitado pela espada,  no  ano  67. Conta-nos  a  tradição que sua cabeça, rolando  ao solo, saltou três vezes e fez brotar três fontes que podem ser vistas ainda hoje na Igreja de San Paolo alle Tre Fontane, na  via d’Ostia, em Roma.
                Estando  preso em Roma,  o incansável Apóstolo  não deixou de pregar,  e obteve  a conversão  de incontáveis almas. Posto em liberdade no início do ano 64, dirigiu-se à Espanha e à Ásia. Retornando a Roma,  foi preso novamente, desta vez com São Pedro.
        
      Ficaram eles na prisão mais antiga de Roma, o Cárcere Mamertino, local impregnado de bênçãos, que comove a quantos  por lá passam. Com efeito, como não se impressionar ao  contemplar,  logo nos primeiros  degraus  da estreita escada  que  leva ao  calabouço,  a marca do rosto do Príncipe dos Apóstolos, milagrosamente impressa na parede  de pedra?  E que emoção ao ver no canto da cela a fonte que brotou  do solo, possibilitando  aos  Apóstolos  batizarem os próprios  carcereiros, convertidos pelo seu exemplo e pregação!
                No final de sua heróica vida, pôde o Apóstolo  das Gentes  cantar  este  hino de triunfo do varão que sente  a consciência  limpa na hora do encontro com o Supremo Juiz: “Combati o bom combate, terminei a minha  carreira, guardei a fé. Resta-me agora receber a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos aqueles que aguardam com amor a sua aparição”.

                                                   Revista Arautos do Evangelho nº 25 - Roberto Kasuo

26 de junho de 2018

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

 

Você conhece a mensagem do Quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro?


          Nesta data Nossa Igreja celebra o dia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, uma devoção universal, conhecida e venerada em todos os continentes do mundo, talvez a mais ampla e conhecida devoção de Nossa Senhora, especialmente no Oriente. No mundo todo são realizadas as famosas Novenas Perpétuas em honra de Nossa Senhora Mãe do Perpétuo Socorro.
Pensando nisso, achamos interessante divulgar um artigo do site Gaudium Press que explicará o significado do quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
              A Mensagem do Quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
           Aparentemente é um simples quadro de mais uma das inúmeras devoções à Santa Mãe de Deus, mas se nos determos em seus detalhes, veremos que a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é cheia de simbolismos e significados.
Medindo 53 por 41,5 centímetros o ícone foi produzido no estilo bizantino em madeira sobre um fundo dourado.
          Na época em que a obra foi executada, durante o Império Romano, os artistas utilizavam o ouro ou simplesmente sua cor para retratar apenas as grandes personalidades.
Segundo a tradição o quadro foi pintado por um artista até hoje desconhecido que, por sua vez, inspirou-se em uma pintura atribuída a São Lucas.
O ícone é rico em detalhes e a cada um deles é atribuído um significado, uma simbologia, uma mensagem.
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 Eis alguns desses detalhes:
          1 – Abreviação grega de “Mãe de Deus”.
        2 – Estrela no véu de Maria, a Estrela que nos guia no mar da vida até o porto da salvação.
          3 – Abreviatura de “Arcanjo São Miguel”.
        4 – Coroa de Ouro – O quadro original foi coroado em 1867 em agradecimento dos muitos milagres feitos por Nossa Senhora em se título preferido “Perpétuo Socorro”.
          5 – Abreviatura de “Arcanjo São Gabriel”.
          6 – São Miguel apresenta a lança, a vara com a esponja e o cálice das amarguras.
          7 – A boca de Maria é pequenina, para guardar silêncio, e evitar as palavras inúteis.
          8 – São Gabriel com a cruz e os cravos, instrumentos da morte de Jesus.
        9 – Os olhos de Maria, grandes, voltados sempre para nós, a fim de ver todas as nossas necessidades.
         10 – Túnica vermelha, distintivo das virgens no tempo de Nossa Senhora.
         11 – Abreviação de “Jesus Cristo”.
        12 – As mãos de Jesus apoiadas na mão de Maria, significando que por elas nos vêm todas as graças.
         13 – Manto azul, emblema das mães naquela época. Maria é a Virgem – Mãe de Deus.
       14 – A mão esquerda de Maria sustentando Jesus – a mão do consolo que Maria estende a todos que a ela recorrem nas lutas da vida.
         15 – A sandália desatada – símbolo talvez de um pecador preso ainda a Jesus por um fio – o último – a devoção a Nossa Senhora.
        O fundo do quadro é de ouro, dele esplendem reflexos cambiantes, matizando as roupas e simbolizando a glória do paraíso para onde iremos, levados pelo perpétuo socorro de Maria.
         Assustado pela aparição dos dois anjos, mostrando-lhe os instrumentos de sua morte, Jesus corre para os braços de sua Mãe, e com tanta pressa que desamarrou-se o cordão da sandália… Nossa Senhora abriga-o com ternura e o Menino Jesus sente-se seguro nos braços de sua Mãe. O olhar de Nossa Senhora não se dirige ao menino, mas a nós – apelando para os homens evitarem o pecado, causa do susto e da morte de Jesus. As mãos de Jesus estão na mão de Maria para lembrar que Ela é a Medianeira de todas as graças.
 (Por Emílio Portugal Coutinho) Fonte: http://www.gaudiumpress.org/content/38073

Video: AQUI
Leia a história desta linda devoção: Aqui

23 de junho de 2018

Nascimento de São João Batista



        A liturgia faz-nos celebrar a Natividade de São João Baptista, o único Santo do qual se comemora o nascimento, porque marcou o início do cumprimento das promessas divinas: João é aquele «profeta», identificado com Elias, que estava destinado a preceder imediatamente o Messias para preparar o povo de Israel para a sua vinda.
             Depois de Nossa Senhora, talvez seja João Batista o santo mais venerado pelos Cristãos. Como a Santa Mãe de Deus, dele também se celebra a data de dois nascimentos: para a vida terrena, em 24 de junho, e para a vida eterna em 29 de agosto. Aliás, São João e Maria Santíssima eram parentes bem próximos.
             Por causa de suas pregações, São João foi logo tido como profeta. Aquela categoria de homens especialmente escolhidos pela Providencia que, falando por inspiração divina, prenunciam os acontecimentos, ouvem e interpretam os passos do Criador na história, orientando o caminhar do povo de Deus.
             Os Santos Evangelhos referem-se a ele como sendo um desses homens. Talvez como sendo o maior deles (Lc 7, 26-28), uma vez que com São João Batista a missão profética atingiu sua plenitude e ele é um dos elos de ligação entre o Antigo e o Novo Testamento.
             Os outros profetas foram um prenúncio do Batista. Só ele pôde apresentar o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo em pessoa como sendo o messias prometido, o salvador e redentor da humanidade.
             O Evangelista São Lucas nos conta que João, o "Batista", o "Precursor", nasceu numa cidade do reino de Judá, perto de Hebron, nas montanhas, ao sul de Jerusalém e que era descendente do santo patriarca Abraão, iniciador da historia do povo de Israel.
         Seu pai foi o sacerdote São Zacarias (da geração de Aarão) e sua Mãe foi Santa Isabel (da geração de Davi), prima da Virgem Maria, mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo. São Lucas ressalta também as circunstâncias sobrenaturais que precederam o nascimento de João Batista: Isabel, estéril e já idosa, viu ser possível realizar seu justo desejo de ter um descendente quando o arcanjo São Gabriel anunciou a Zacarias, seu esposo, que ela daria a luz a um filho. O menino deveria chamar-se João e seria o precursor do Salvador.
             Pela graça de Deus o menino não foi morto no massacre dos inocentes quando milhares de crianças foram assassinadas na região de Belém a mando de Herodes. Alguns meses depois de engravidar-se, Isabel recebeu a visita de Nossa Senhora: "Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio." (Lc 1:39-44).
              Estando ainda em sua juventude, João retirou-se para o deserto. Vestido de pelos de camelo e um cinturão de couro, ele alimentava-se apenas de mel silvestre e gafanhotos. Com jejuns e orações, colocou-se por inteiro na presença do Altíssimo, levando uma vida extremamente coerente com seus ensinamentos. Permaneceu no deserto até por volta de seus trinta anos quando iniciou suas pregações às margens do rio Jordão.
              Não deixava nunca de salientar aos seus ouvintes e discípulos que "Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque antes de mim ele já existia! Eu também não o conhecia, mas vim batizar com água para que ele fosse manifestado a Israel".
              Por causa de sua austeridade e de sua fidelidade cristã, ele foi confundido com o próprio Jesus Cristo, mas, imediatamente, ele retruca: "Eu não sou o Cristo, mas fui enviado diante dele." (Jo 3, 28) e "não sou digno de desatar a correia de sua sandália". (Jo 1,27). João batizou Jesus, embora não quisesse fazê-lo, dizendo: "Eu é que tenho necessidade de ser batizado por ti e tu vens a mim ?" (Mt 3:14).
              Quando seus discípulos hesitantes não sabiam a quem seguir, ele apontava na direção daquele que é o único caminho: "Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". (Jo 1,29). E dava testemunho de Jesus: "Eu vi o Espírito descer do céu, como pomba, e permanecer sobre ele. Pois eu não o conhecia, mas quem me enviou disse-me: Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, é ele que batiza com Espírito Santo. Eu vi, e por isso dou testemunho: ele é o Filho de Deus!"

22 de junho de 2018

São Tomás Mórus: o homem que não vendeu sua alma


          
         São Tomás Mórus nasceu em Londres, em 1478. Menino muito inteligente, seguiu a carreira do pai, que era magistrado, e bem jovem, com apenas 22 anos, alcançou o outorado em Direito. Quando começaram suas dúvidas acerca de qual era a vocação que Deus lhe havia destinado, sua grande sensibilidade religiosa levou-o a conhecer a vida comunitária de algumas Ordens da Igreja Católica, passando um certo tempo com os cartuxos de Londres e depois com os franciscanos de Greenwich. Mas, após longas meditações, chegou à conclusão de que deveria optar pela via matrimonial.
          Foi um excelente esposo, pai exemplar e verdadeiro amigo dos que lhe conquistaram a confiança. Praticava muito a oração comum em família, participando diariamente da Santa Missa, comungando e confessando-se com frequência. Mas as austeras penitências que abraçava, só mesmo os seus familiares mais íntimos conheciam.
          Em 1504, no reinado de Henrique VII, foi eleito pela primeira vez para o Parlamento, o que marcou o início de uma carreira brilhante de homem público. Já no reinado de Henrique VIII, chegou a ser membro do Conselho da Coroa, juiz presidente de um importante tribunal, vice-tesoureiro e cavaleiro, até chegar a presidente da Câmara dos Comuns. E por fim, por sua integridade moral indefectível, argúcia de pensamento, caráter fiel e erudição extraordinária, foi nomeado Chanceler do Reino em 1529, num momento de crise política e econômica do país.
        Mas a grande provação de tão brilhante homem estava por vir
             Quando Henrique VIII quis assumir o controle da Igreja na Inglaterra, rejeitando os preceitos católicos e especialmente a autoridade do Sumo Pontífice, seu Chanceler não lhe deu apoio e pediu demissão. São Tomás Mórus foi, por isso, perseguido pelo rei, que lhe confiscou todos os bens, procurando forçá-lo a prevaricar da fé por meio de várias formas de pressão psicológica.
          Constatando a firmeza inquebrantável com a qual esse homem não aceitava suas imposições, o rei mandou prendê-lo na Torre de Londres.  Ali o antigo Chanceler padeceu por um longo período. Quando sua filha, o visitava pela última vez no cárcere, ele apontou-lhe quatro monges cartuxos que avistava através das grades,
que seriam martirizados por haver igualmente recusado a aceitar os erros do rei: “Veja como vão contentes oferecer sua vida por Jesus Cristo. Quiçá, também a mim, Deus me conceda a coragem para oferecer a vida por sua santa Religião!”
          Deus atendeu a seus desejos e, na madrugada do dia 6 de julho de 1535, foi decapitado por recusar-se a jurar fidelidade à nova religião imposta a seu país.
          Morreu recitando o Salmo 50: “Tem piedade de mim, ó Deus, segundo a tua grande misericórdia.” Preferiu morrer a vender sua alma…
          Mártir, foi ele elevado à honra dos altares em 1935. Por seu exemplo de estadista íntegro e coerente, recebeu do Papa João Paulo II o título de Patrono dos Governantes e dos Políticos, a 31 de outubro de 2000. São Tomás Mórus é venerado como exemplo de coerência moral heróica.
            Sua festa se comemora hoje, dia 22.

Dr. Plinio comenta São Luiz Gonzaga



 Vídeo: São Luiz Gonzaga comentado por Plínio Corrêa de Oliveira
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11 de junho de 2018

Santo Antonio de Pádua

Festa: dia 13 de junho

"Doutor da Igreja", "Martelo dos Hereges", "Doutor Evangélico", "Arca do Testamento" é como os Papas o chamaram. Para o povo fiel, ele protege os pobres, auxilia na busca de coisas e pessoas perdidas, orienta os sentimentos e inspira a vida de oração; afugenta os demônios e a peste; cura os enfermos. Foi franciscano da primeira hora. Conhecido como milagreiro, sua própria vida foi um milagre contínuo.
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9 de junho de 2018

José de Anchieta, o Apóstolo do Brasil

              
              A Igreja Católica comemora no dia 9 a memória do grande evangelizador do Brasil: o Pe. José de Anchieta.
              Atendendo a vários pedidos, retransmitimos aqui um programa da TV Arautos contendo alguns traços da vida deste admirável formador da nacionalidade brasileira.

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Imaculado Coração de Maria


              Logo após à Festa do Sagrado Coração de Jesus, a Igreja Católica comemora no dia 9 a Festa do Imaculado Coração de Maria.

              "Para salvar as almas dos pobres pecadores, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração" - dizia a Santíssima Virgem na aparição de 13 de julho de 1917, ao tratar do cerne de sua mensagem. Porém, não foi esta a única ocasião em que Nossa Senhora se referiu à importância dessa devoção. Mencionou-a diversas outras vezes nas suas mensagens, e tal insistência não pode deixar de ser seriamente considerada.
              Quem se tomar de verdadeiro e sincero amor por essa boa Mãe, puríssima e inigualável, e pôr em prática a devoção ao seu Imaculado Coração, será favorecido por seu contínuo amparo. Por maiores que tenham sido os pecados cometidos, Nossa Senhora intercederá pelo fiel devoto junto a seu Divino Filho, obtendo-lhe todas as graças de emenda de vida e perseverança no bom caminho.
              A devoção ao Imaculado Coração de Maria é, portanto, um dos principais remédios para a ruína contemporânea.

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8 de junho de 2018

Lágrimas de Maria: uma mensagem do Céu


  “Homens e mulheres, prestai atenção, a mensagem de Fátima não está escondida! Pelo contrário, ela brilha mais do que nunca, pois houve no mundo quem assumisse a missão de encarná-la”.

          Como permanecer indiferente ao contemplar as lágrimas da Mãe de Deus? Como estar com o coração frio diante do pranto da Rainha dos Anjos? Como resistir ao desejo de se aproximar de Maria Santíssima e, genuflexo, Lhe perguntar: “Senhora, por que chorais?”
          Fato inédito na História: tantas imagens vertendo lágrimas nas casas de uma mesma instituição. E por tratar-se de representações da Virgem de Fátima, nossa atenção deve se redobrar, pois sem dúvida, neste fim de centenário, Ela nos traz algum sinal, algum aviso, alguma mensagem.
Provas científicas?
          Antes de qualquer consideração, dispensamos da leitura deste artigo os espíritos céticos, positivistas e racionalistas, os quais desejariam encontrar aqui as provas científicas deste extraordinário fenômeno. Não, que não percam seu tempo, como nós não perderemos o nosso em provar não serem estas lacrimações produto de uma farsa. Tão aberrante nos é a hipótese de simular um milagre, que não nos ocuparemos em refutá-la.
          Contemplar o sereno rosto de Nossa Senhora sulcado por doces lágrimas basta para infundir nos corações dos filhos a certeza de que a Mãe de Deus e dos homens nos traz algum recado. Com espírito filial, procuremos agora interpretar a mensagem de Maria. 
Por que chora Maria Santíssima?
          Comecemos por repetir a pergunta: por que chora Maria Santíssima?
         Muitas razões podem levar alguém a chorar. Medo, tristeza, dor, indignação, emoção e alegria costumam ser as mais frequentes. Quais destes sentimentos podem estar na causa do pranto da Senhora de Fátima?
         Superior em poder a todas as forças do universo, a Santíssima Virgem com certeza não chora de medo. Pois ainda que os potentados do mundo e dos infernos se conjugassem para combatê-La, uma só gota de suas lágrimas seria suficiente para vencer todas as armas e bombas da face da terra!
        De tristeza, porém, Nossa Senhora bem pode chorar, pois há cem anos Ela revelou aos homens o caminho da felicidade, da tranquilidade e da paz, e não foi ouvida. Ah, se houvéssemos escutado as mensagens da Cova da Iria, como o mundo seria diferente!
        Mas não haverá neste pranto da Mãe de Deus algo de semelhante à dor de Nosso Senhor Jesus Cristo diante da Cidade Santa? Maria Santíssima parece repetir à humanidade algo das palavras de seu Divino Filho, quando chorou sobre Jerusalém: “Se tu compreendesses hoje o que te pode trazer a paz! Agora, porém, isto está escondido aos teus olhos! Dias virão em que os inimigos farão trincheiras e te sitiarão, apertando-te de todos os lados. Porque não reconheceste o tempo em que foste visitada!” (cf. Lc 19, 41-44).
         Para alguns poderia parecer absurda a hipótese de ser a indignação uma das causas das lágrimas da Rainha dos Anjos. Mas se pararmos para refletir um pouco, chegaremos à conclusão de ter Ela boas razões para Se encolerizar. Mencionemos apenas uma.
         Nossa Senhora Se digna aparecer em Fátima e, transbordando de afeto e bondade, transmite uma mensagem a seus filhos. Pois bem, houve quem abafasse suas palavras e até quem transformasse sua mensagem em um segredo! Que mãe não se indignaria contra quem sabotasse seu intento de salvar um filho em perigo?! Imaginemos, pois, o sentimento da Mãe das mães ao ver seus filhos e filhas caminhando para a perdição devido ao silêncio e omissão daqueles que deveriam ter pregado ao mundo a sua mensagem de salvação!
          Tudo isso, sem dúvida, faz Maria chorar. Mas a principal causa de suas lágrimas parece ser outra.
Maria chora de alegria!
        Paremos um pouco e detenhamos nossa atenção em qualquer uma destas imagens milagrosas. Chegaremos, sem dificuldade, a uma conclusão: Maria chora de alegria!
            Sim, de alegria! Pois apesar de todos os intentos dos infernos para ocultar seus avisos, a Senhora de Fátima atravessou vitoriosa um século, e hoje nos volta a falar, não mais com palavras que possam ser escondidas, mas pela eloquente linguagem das lágrimas, as quais não serão postas em segredo.

         Tantos homens há que dedicam boa parte de suas vidas em descobrir o conhecido “Terceiro Segredo de Fátima”. Não condenamos tal empreendimento. Mas a nós cabe outra missão. Nós queremos proclamar em cima de todos os telhados, no alto de todas a torres, aos quatro ventos da terra: “Homens e mulheres, prestai atenção, a mensagem de Fátima não está escondida! Pelo contrário, ela brilha mais do que nunca, pois houve no mundo quem assumisse a missão de encarná-la, relembrando aos homens os avisos da Mãe de Deus e bradando a vitória de Maria!”
         E com este pranto, Nossa Senhora parece nos sorrir, dizendo com afeto materno: “Meus filhos e minhas filhas, unamos nossas lágrimas! Choremos juntos pela triste situação deste mundo que meu Divino Filho e Eu tanto amamos! Lamentemos os inúmeros pecados constantemente cometidos contra o Bom Deus! Mas, sobretudo, tende confiança!E procurai ver em minhas lágrimas não o choro da derrota, mas a emoção e o júbilo de vos confirmar e repetir a minha promessa: ‘O mal pode parecer vencer sobre a terra e o bem aparentar já não ter forças. Não desanimeis! Confiai, confiai, confiai, pois em breve o meu Imaculado Coração triunfará!’” (Revista Arautos do Evangelho, Junho/2018, n. 198, p. 18-19)

5 de junho de 2018

Coração de Jesus: “Não tenham medo, venham a Mim”



               Ah! Se as almas soubessem como as espero cheio de misericórdia! Sou o Amor dos amores! E não posso descansar senão perdoando!
               Estou sempre esperando com amor que as almas venham a Mim! Venham!... Atirem-se nos meus Braços! Não tenham medo! Conheço o fundo das almas, suas paixões, sua atração pelo mundo e pelos prazeres. Sei, desde toda a eternidade, quantas almas me hão de encher o Coração de amargura e que, para grande número, meus sofrimentos e meu sangue serão inúteis! Mas, como as amei, assim as amo...                
               Não é o pecado que mais fere meu Coração... O que O despedaça é não quererem as almas refugiar-se em Mim depois de o terem cometido. Sim, desejo perdoar e quero que minhas almas escolhidas deem a conhecer ao mundo como meu Coração, transbordando de amor e de misericórdia, espera os pecadores.
               Dia 8 de junho, Festa do Sagrado Coração de Jesus.

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