31 de julho de 2015

Santo Inácio de Loyola: Homem de decisões extremas



          Hoje, 31 de julho, a Igreja celebra a memória de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus.
          Segue comentário de Mons. João Scognamiglio Clá Dias a respeito desta figura ímpar na história da Cristandade.
                                                        * * * * *
          Sobre a vida de Santo Inácio de Loyola, cujos aspectos constituem um conjunto sobremodo arquitetônico e rico, poder-se-ia tecer inúmeros comentários. Entretanto, gostaria de ressaltar um lado que me parece ser a nota mais bela de sua existência, o ponto pelo qual ele brilhou especialmente no firmamento da Igreja. Refiro-me à sua força de vontade e de decisão que o fazia tomar, em todas as suas atitudes, a posição mais extrema, mais aguda, aquela que chegava ao fim último, sem meios termos.
          Tomemos em consideração, por exemplo, o conhecido episódio de sua perna quebrada no cerco de Pamplona. Não se pode conceber algo de mais tremendo do que um homem, então mundano e voltado para as honras terrenas, ao se ver na contingência demancar para o resto da vida em virtude de um erro ortopédico, decidir mandar quebrar de novo o osso imperfeitamente consolidado para que a perna ficasse em ordem. E istoporque, pelos cânones da elegância naquele tempo, um fidalgo capenga seria malvisto na corte e teria sua carreira política e militar prejudicada.
           Ora, Inácio de Loyola encarou de frente o futuro que essa deficiência lhe traçava. Pesou tudo em sua crueza: “Quero viver na corte, desejo seguir a carreira militar. Se eu ficar coxo de uma perna, não brilharei entre meus pares,não dançarei, não terei valor algum como soldado. Ora, devo lutar, devo luzir na corte. Se não me livrar dessa carência física minha vida está rateada. Então, vamos quebrar de novo esta perna!”
            Imaginemos agora um cirurgião munido dos instrumentos e métodos ortopédicos daquele tempo, desferindo pancadas sobre um osso mal jungido, rompendo-o e ligando-o de novo. O que isso significava de dolorido e dramático, só quem o sofreu pode saber!
             Em seguida, os longos dias e as horas intermináveis de inércia num leito, aguardando a consolidação do osso e a recuperação dos movimentos da perna, seriam horrivelmente enfadonhos para aquele homem super-ativo, afeito a batalhas e grandes realizações.
             Vê-se nessa atitude a decisão extrema do homem que mediu tudo e resolveu aceitar um sacrifício momentâneo em prol de seu futuro brilhante. Excluindo-se os motivos meramente mundanos que o levaram a essa situação, percebe-se naquele Inácio de Loyola o senso da preeminência do definitivo sobre o efêmero, uma fibra de alma para enfrentar tudo que fosse preciso e uma capacidade de olhar os problemas de frente que nos deixam admirados.

Santidade levada às últimas consequências
             O mesmo vigor de espírito, a mesma força de decisão e de vontade ele empregará no momento de se converter e abraçar o chamado de Deus. Homem mundano e militar vaidoso, esquecido das coisas do Céu, sente-se tocado de modo irresistível pela graça e, como procedera em relação ao defeito físico, medita nas suas lacunas morais: “Tenho de encarar de frente as verdades eternas, o Céu, o inferno, a salvação ou a condenação. Recebi graças, compreendi como o ser autêntico católico significa dedicar-se ao serviço de Deus, a amá-Lo sobre todas as coisas nesta Terra e na eternidade. Não ser assim é procurar apenas a felicidade transitória do mundo, mas também o infortúnio e a injúria a Deus. Essa é a verdade, e tenho de encará-la. Devo tirar todas as consequências que daí pendem para mim, Inácio de Loyola, e estas consistem em seguir a voz da graça que me pede, à vista dessas considerações, uma completa mudança de vida, vivendo ao contrário do que até agora vivi, construindo para mim uma existência feita de abnegação, de humildade, mas, sobretudo, de coerência. Serei coerente até o fim na verdade que considerei e abracei por inteiro.
               E temos, assim, o programa de vida magnífico de Santo Inácio de Loyola. Ele não recuou diante de nada e empreendeu tudo quanto foi necessário para levar essa coerência até os últimos limites.

Saiba mais:

23 de julho de 2015

O Segredo de Fátima



            No último Sábado, os Cooperadores do Sodalício Nossa Senhora da Saúde, desta Capital, juntamente com vários simpatizantes dos Arautos, assistiram instrutiva palestra em que se relembrava as palavras da Santíssima Virgem aos três pastorinhos portugueses. O palestrante, Pe. David C. Francisco, EP, celebrou Missa antes da exposição.


              Eis um resumo do que foi tratado sobre o denominado Segredo de Fátima

   Na terceira Aparição, em 13 de julho de 1917, Nossa Senhora disse [aos três pastorinhos] que era preciso rezarem o Terço para alcançarem as graças durante o ano. E continuou:     `Sacrificai-vos pelos pecadores, e dizei muitas vezes, sempre que fizerdes algum sacrifício: Ó Jesus, é por vosso amor, pela conversão dos pecadores, e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria’.”
              A visão do Inferno
              “Ao dizer estas últimas palavras abriu de novo as mãos, como nos dois meses passados. O reflexo [dos raios de luz] pareceu penetrar e abrir a terra e vimos como que um mar de fogo: mergulhados nesse fogo os demônios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras, ou bronzeadas, com forma humana, que flutuavam no incêndio levadas pelas chamas que delas mesmas saíam juntamente com chamas de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das fagulhas nos grandes incêndios, sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero que horrorizavam e faziam estremecer de pavor. (Deve ter sido ao deparar com esta vista, que dei esse ‘ai!’, que dizem ter-me ouvido). Os demônios distinguiam-se por formas horríveis e asquerosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes como negros carvões em brasa.”  

 A segunda parte do segredo – O anúncio do Castigo e dos meios para evitá-lo!
            “Assustados e como que a pedir socorro, levantamos a vista para Nossa Senhora, que nos disse com bondade e tristeza:
            – Vistes o Inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores. Para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. Se fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz. A guerra vai acabar. Mas, se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra pior. Quando virdes uma noite alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre.
             Para o impedir, virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se atenderem aos meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz. Se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas. Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-Me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz. Em Portugal se conservará sempre o dogma da Fé, etc.

             A Terceira parte do segredo:
             Eis o texto, redigido em 3 de janeiro de 1944 pela Irmã Lúcia, e publicado pela Santa Sé em 26 de junho de 2000:
       “Vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora, um pouco mais alto, um Anjo com uma espada de fogo na mão esquerda. Ao cintilar, despedia chamas que parecia iam incendiar o mundo, mas apagavam-se com o contato do brilho que da mão direita expedia Nossa Senhora ao seu encontro.
              A Santíssima Virgem retomou a palavra: Quando rezardes o Terço, dizei depois de cada mistério: Ó meu Jesus! Perdoai-nos, livrai-nos do fogo do Inferno, levai as alminhas todas para o Céu, principalmente aquelas que mais precisarem.
   O Anjo, apontando com a mão direita para a terra, com voz forte disse: ‘Penitência, penitência, penitência’. E vimos numa luz imensa, que é Deus, ‘algo semelhante a como se veem as pessoas num espelho quando lhe passam por diante’, um Bispo vestido de branco. ‘Tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre’. Vários outros Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas [a] subir uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande Cruz de troncos toscos, como se fora de sobreiro com a casca. O Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade meio em ruínas, e meio trêmulo, com andar vacilante, acabrunhado de dor e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho. Chegado ao cimo do monte, prostrado de joelhos aos pés da grande Cruz, foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam vários tiros e setas, e assim mesmo foram morrendo, uns trás os outros, os Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas e várias pessoas seculares, cavalheiros e senhoras de várias classes e posições. Sob os dois braços da Cruz estavam dois Anjos, cada um com um regador de cristal na mão; neles recolhiam o sangue dos Mártires e com ele regavam as almas que se aproximavam de Deus.”

22 de julho de 2015

Santa Maria Madalena



             Para o amor de Deus, nada é impossível. E, no entardecer da vida, seremos julgados segundo o amor. Os Evangelhos nos contam a história de Madalena. Uma pecadora que tanto admirou e amou Nosso Senhor Jesus Cristo que não só foi perdoada mas que dela disse o Senhor: "em toda parte será contado em sua memória o que ela fez". (Mat. 26, 13)

             Quem ouve o nome "Maria Madalena", na maioria das vezes, lembra-se da mulher pecadora e de má vida do Evangelho. Poucos se recordam que dela foram tirados sete demônios (Luc. 8,2) e que ela foi perdoada de seus numerosos pecados (Luc. 7,47- Mar. 16,9).
             Muitos ignoram que ela arrependeu-se do mal que praticou. Esquecem que ela viveu uma vida de penitente, que foi uma grande Santa. E que santificou-se por amar intensamente a Deus.
             Ninguém comenta que foi a propósito dela que Nosso Senhor disse: "Em verdade vos digo: em toda parte onde for pregado este Evangelho pelo mundo inteiro, será contado em sua memória o que ela fez". (Mat. 26,13) E... quem tem nela um exemplo de virgindade e pureza?
             Vejamos um pouco da história de Santa Maria Madalena.

Acesse aqui:

20 de julho de 2015

Quando retornará Elias?



           Presente na Transfiguração de Jesus Cristo, reatador da aliança de Deus com o povo hebreu, adversário e destruidor do culto pagão de Baal, primeiro devoto de Nossa Senhora, o profeta Elias foi arrebatado vivo num carro de fogo. Onde se encontra? Voltará? Quando? Eis questões candentes a respeito de um dos mais extraordinários personagens da História.

        Volta anunciada por Nosso Senhor 
"E ele, respondendo, disse-lhes: Elias certamente há de vir [antes de minha segunda vinda], e restabelecerá todas as coisas" (Mt 17, 11).

         São palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo a Pedro, João e Tiago, logo após o episódio da Transfiguração. Se aos profetas no Antigo Testamento coube a honra e a glória de anunciar a vinda do Salvador, Santo Elias teve o privilégio de ser anunciado pelo próprio Messias.
        Quando desciam o monte Tabor, o Mestre proibiu aos três Apóstolos contar os fatos ocorridos lá no cimo, até sua ressurreição. Pelo caminho, vinham os discípulos conversando entre si a respeito do sentido da grandiosa cena à qual haviam assistido. Como todo judeu piedoso, acreditavam na necessidade de Elias preceder o Messias. E agora ele aparecera na Transfiguração de Jesus! Seria o começo? Um deles não se conteve e perguntou ao Mestre: "Por que dizem os escribas que Elias ainda há de vir?"
          E Jesus retorquiu com as palavras reproduzidas no início do presente tópico, confirmando a profecia sobre o retorno de Elias para restabelecer a ordem. Quando?

          Hoje, dia 20, a Igreja traz a memória de Santo Elias.
Saiba mais a respeito, nas palavras de Mons. João Scognamiglio Clá Dias.
Acesse aqui:
 

17 de julho de 2015

Os Quarenta Mártires do Brasil



          A Igreja traz hoje a memória do martírio do Beato Inácio de Azevedo e outros 39 companheiros de missão.
          O fervor missionário desse jesuíta ilustre está no início desta epopeia magnífica de 40 mártires, todos missionários e, na sua maioria, de idades entre os 18 e os 30 anos.
          Inácio de Azevedo era natural do Porto, onde nasceu em 1526, de família importante e influente. Aos 22 anos, entrou para a Companhia de Jesus, a ordem dos jesuítas, que tinha sido fundada havia apenas oito anos. Foi ele o primeiro  reitor do Colégio de Santo Antão em Lisboa, foi provincial de Portugal e foi o primeiro reitor do Colégio de São Paulo, em Braga, fundado por Frei Bartolomeu dos Mártires. Destacava-se pela penitência, oração e obras de misericórdia. Mas a sua grande paixão eram as missões!
          O seu caráter empreendedor, ativo e enérgico levou São Francisco de Borja, Superior-Geral de toda a Ordem, a nomeá-lo visitador das Missões do Brasil. Chegou à Bahia, em 24 de Agosto de 1566, juntamente com outros jesuítas. Exerceu o mandato de dois anos, com grande dinamismo e oportunas medidas de governo. Regressou a Portugal, em 24 de Agosto de 1568, canalizando todo o seu empenho em conseguir reforços missionários para o Brasil, tanto de Portugal como de Espanha. Reuniu uma expedição de 73 jovens religiosos que, antes de zarparem nas três naus da frota do Governador do Brasil, fizeram uma preparação cultural e espiritual de vários meses, na Quinta de Val de Rosal, na Charneca de Caparica. Ali, fizeram todos os Exercícios Espirituais e receberam lições de geografia, de catequese e de pedagogia missionária adaptada ao trabalho evangelizador no Brasil.    
         A nau em que viajavam levava 32 portugueses e oito espanhóis, sendo dois sacerdotes, um diácono, 23 jovens estudantes e 14 irmãos. Nas Canárias, foi atacada por protestantes calvinistas, que, atacando a sua nau, quiseram poupar os tripulantes e os soldados, mas gritaram contra os jesuítas: "Mata, mata, porque vão semear doutrinas falsas no Brasil".
          Inácio foi ao encontro deles, com a imagem de Nossa Senhora nas mãos, dizendo em alta voz:
         "Todos me sejam testemunhas como morro pela Fé católica e pela Santa Igreja Romana". Já ferido mortalmente, ainda dizia aos companheiros: "Não choreis, filhos. Não chegaremos ao Brasil, mas fundaremos, hoje, um colégio no céu". Era o dia 15 de Julho de 1570.
           Humanamente falando, foi uma catástrofe para a evangelização do Brasil. Mas sabemos que, aos olhos de Deus, os mártires são os melhores evangelizadores, no dizer de Tertuliano: "Sangue de mártires é semente de cristãos".
           Foram beatificados a 11 de Maio de 1854, pelo Papa Pio IX. Tratou-se, na verdade, do reconhecimento e aprovação de um culto que já existia anteriormente. A sua festa litúrgica foi fixada no dia 17 de Julho.
                                                    Gaudium Press - Agência católica de notícias

14 de julho de 2015

Nossa Senhora do Carmo: Como receber e usar o Escapulário


                           16 de julho, festa de Nossa Senhora do Carmo

          Assim como vestiu seu Filho Jesus com uma túnica de valor inapreciável, Maria Santíssima quer nos revestir, a nós, seus filhos adotivos, com  a mais eficaz das vestimentas.  
                             
          No dia 16 de julho de 1251, São Simão Stock suplicava a Nossa Senhora ajuda para resolver um problema da Ordem Carmelitana, da qual era o Prior Geral. Enquanto ele rezava, a Virgem apareceu-lhe, trazendo o Escapulário nas mãos, e disse essas confortadoras palavras:
         "Filho diletíssimo, recebe o Escapulário da tua Ordem, sinal especial de minha amizade fraterna,privilégio para ti e todos os carmelitas. Aqueles que morrerem com este Escapulário não padecerão o fogo do Inferno. É sinal de salvação, amparo e proteção nos perigos, e aliança de paz para sempre".
 
          Como receber e usar o Escapulário
          1 - Qualquer padre tem poder para benzer e impor na pessoa o Escapulário.
          2 - Essa bênção e imposição valem para toda a vida, portanto, basta recebê-lo uma vez.
          3 - Quando o Escapulário se desgastar, basta substituí-lo por um novo.
          4 - Mesmo quando alguém tiver a infelicidade de deixar de usá-lo durante algum tempo, pode simplesmente retomar o seu uso, não é necessária outra bênção.
          5 - Uma vez recebido, ele deve ser usado sempre, de preferência no pescoço, em todas as ocasiões, mesmo enquanto a pessoa dorme.
          6 - Em casos de necessidade extrema, como doentes em hospitais, se o Escapulário lhe for retirado, o fiel não perde os benefícios da promessa de Nossa Senhora.
          7 - Em casos de perigo de morte, mesmo um leigo pode impor o Escapulário. Basta recitar uma oração a Nossa Senhora e colocar na pessoa um escapulário já bento por algum sacerdote.
          8 - O Papa São Pio X autorizou substituir o Escapulário por uma medalha que tenha de um lado o Sagrado Coração de Jesus e do outro uma imagem de Nossa Senhora. Mas a recepção deve ser feita com o escapulário de tecido.

Saiba mais, nas palavras de Mons. João S. Clá Dias:

Nova Consagração à Virgem Maria




               No último Domingo, dia 12, a Paróquia de Nossa Senhora do Paraíso, em Santo André Paulista, foi brindada novamente com uma solene cerimônia de Consagração a Jesus pelas mãos de Maria, da qual participaram 26 fiéis daquela comunidade. Já é o terceiro grupo de fiéis que se consagra solenemente a Maria naquela paróquia.
               A consagração foi novamente precedida por oito aulas de preparação, ministradas semanalmente por cooperadores do Sodalício Nossa Senhora da Saúde, presididos pelo casal  Gil e Maria do Carmo Morato.
              O ato, realizado durante a Missa celebrada pelo pároco Pe. Vanderlei Ribeiro, que presidiu a leitura do texto consacratório, contou com a participação do Coral Regina Angelorum, do mesmo sodalício.
              A imagem do Imaculado Coração de Maria, portada por cooperadores, entrou solenemente a fim de presidir a Consagração.

Entrada solene dos consagrandos e da Imagem
 (clicar sobre as fotos)
A consagração, presidida pelo pároco


Assinatura do compromisso de se dedicar à Igreja

Imposição dos distintivos

Coral "Regina Angelorum" abrilhanta a cerimônia

 Casal de cooperadores organizador do ato

Foto de lembrança, com o pároco

13 de julho de 2015

Verdadeira Devoção à Virgem


               No último Sábado, depois da Missa celebrada pelo Pe. Hélio Vicente, EP,  o arauto Sr. Vasco de Sá Guimarães proferiu instrutiva palestra para os Cooperadores de Nossa Senhora da Saúde, desta capital.
               Incentivando todos os presentes a lerem diariamente ao menos uma página do “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, de São Luiz Maria Grignion de Montfort, deteve-se na história  bíblica de Jacó e Esaú, citada pelo Santo como exemplo da verdadeira devoção e amor que devemos ter para com a Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo.
                Segue abaixo um comentário que bem dá ideia de como correu a exposição do arauto:

                As perseguições que os maus fazem contra os bons, em todas as épocas históricas, estão simbolizadas na inimizade entre Esaú e Jacó, irmãos gêmeos que se digladiavam antes mesmo de virem à luz.
                Segurando o calcanhar
Isaac casou-se com Rebeca; entretanto, ela era estéril. "Deus quis provar a fé de Isaac e de Rebeca, como havia provado a de Abraão e de Sara." Isaac pediu a Deus que lhe desse um filho e, passados 20 anos, o Senhor ouviu sua súplica: Rebeca concebeu.
               Mas, sentindo que havia no interior de seu seio uma verdadeira luta, Rebeca recorreu ao Altíssimo, que lhe disse: "Duas nações trazes no ventre, em tuas entranhas dois povos se dividirão. Um povo será mais forte que o outro, e o mais velho servirá ao mais novo" (Gn 25, 23).
               Transcorrido o tempo normal, Rebeca deu à luz dois gêmeos: o primeiro era todo coberto de pelos e foi chamado Esaú; e o segundo, que nasceu segurando com a mão o calcanhar de seu irmão, recebeu o nome de Jacó.
               Quando cresceram, Esaú tornou-se um caçador bastante rude, ao passo que Jacó morava em tendas, junto com seus pais (Gn 25, 27).
Um prato de lentilhas
               Certo dia, Jacó preparou uma sopa de lentilhas; de repente, chegou Esaú, que vinha do campo, e com sua costumeira rudeza disse a seu irmão: "Dá-me de comer desse negócio vermelho, pois estou exausto" (Gn 25, 30).
               Jacó respondeu-lhe que lhe concederia o alimento, desde que Esaú lhe transmitisse, sob juramento, o direito de primogenitura. Esaú renunciou a seu direito, fez o juramento e comeu as lentilhas.
               Esse fato é muito simbólico. Há pessoas, hoje, que vendem o tesouro da fé pelas "'lentilhas' da sensualidade, da corrupção, do prazer ilícito, da ambição."
               Isaac dedicou-se à agricultura, e "o Senhor o abençoou, Foi enriquecendo sempre mais, até tornar-se um homem muito rico" (Gn 26, 12-13). Esaú casou-se com duas mulheres pagãs, razão pela qual São Paulo o chama de "profanador" (Hb 12, 16). Essas mulheres "causaram muitos aborrecimentos a Isaac e Rebeca" (Gn 26, 35).
               Jacó recebe a bênção solene
               Quando Isaac ficou velho, perdeu a visão. Certo dia, chamou Esaú e pediu-lhe que fosse ao campo para caçar, e preparasse um assado para seu pai, que lhe daria "a bênção antes de morrer"
                Esaú saiu para procurar caça. Rebeca, que ouvira as palavras de Isaac, transmitiu-as a seu filho preferido Jacó, mandou-lhe que fosse ao rebanho e trouxesse dois cabritos gordos, pois ela mesma os prepararia conforme o gosto de Isaac.
                Jacó trouxe os cabritos e Rebeca preparou um saboroso assado. Cobriu Jacó com algumas vestes usadas por Esaú, com as peles dos cabritos revestiu suas mãos e pescoço, e pediu-lhe que levasse o alimento ao pai.

               Obedecendo fielmente a sua mãe, Jacó serviu o assado a Isaac, que no final deu-lhe a bênção solene, na qual, entre outras coisas, declarou: "Diante de ti, inclinem-se os filhos de tua mãe. Maldito seja quem te amaldiçoar e bendito, quem te abençoar".
                Assim que Jacó se retirou, chegou Esaú trazendo seu guisado da caça, mas Isaac disse-lhe que a bênção já fora dada a Jacó. Esaú "pôs-se a gritar e chorar amargamente" (Gn 27, 34) e perguntou se o pai não tinha outra bênção... "Neste ponto, notam os Santos Padres, ele era a imagem dos que facilmente conciliam Deus com o mundo." Comovido pelos gritos, Isaac deu-lhe uma bênção, mas sujeitando-o ao irmão.
                Concebeu Esaú tal ódio a Jacó, que fez planos para matá-lo. Sabendo disso, Rebeca chamou Jacó e recomendou-lhe que fugisse para a Mesopotâmia, e ficasse na casa de Labão, irmão dela.
                 Réprobos e eleitos de Deus
                 São Luís Maria Grignion de Montfort mostra o significado simbólico dos fatos acima narrados. "Conforme todos os Santos Padres e intérpretes da Sagrada Escritura, Jacó é figura de Jesus Cristo e dos predestinados, enquanto Esaú é figura dos réprobos." E Rebeca simboliza Nossa Senhora.
                 Esaú não dava importância à Rebeca e estava cheio de inveja e de ódio contra seu irmão Jacó, como Caim contra Abel.
                 E os réprobos não se preocupam com a devoção à Santíssima Virgem, simbolizada por Rebeca, trocam seu direito de primogenitura, ou seja, o Céu, pelos prazeres da Terra. Por um instante de prazer, vendem "a graça batismal, sua veste de inocência, sua celestial herança". Invejam, odeiam e perseguem os predestinados.
                 Jacó levava vida temperante, amava e honrava sua mãe, obedecendo-lhe prontamente em tudo; não era invejoso. Os predestinados não se deixam arrastar pelas paixões desordenadas, veneram Nossa Senhora, procurando amorosamente cumprir a vontade d'Ela. Embora perseguidos pelos réprobos, são felizes neste mundo, em sua morte e na eternidade.
                 Roguemos a Maria Santíssima a graça de aumentarmos nossa devoção para com Ela, obedecendo com grande amor aos desejos da Mãe de Deus, como fez Jacó em relação a Rebeca.
vide:
http://www.arautos.org/artigo/65677/Jaco-e-Esau.html (Paulo Francisco Martos)


10 de julho de 2015

Na Festa do Divino Espírito Santo



            Na 14ª Festa do Divino Espírito Santo, comemorada anualmente pela Paróquia Nossa Senhora Aparecida e São Roque, de Bráz Cubas, em Mogi das Cruzes, o pároco, Pe. Francisco Deragil de Souza, convidou os Arautos do Evangelho para solenizarem a Santa Missa vespertina do dia 4 deste mês.
            Atendendo o amável convite, o Pe. José Luis de Zayas, EP, presidiu a Eucaristia -- antecedida pelo cortejo dos devotos, com as tradicionais bandeiras do Divino -- concelebrada pelo pároco e animada por membros dos Sodalícios Sagrada Família e Nossa Senhora da Confiança.
            Os Arautos e Cooperadores realizaram as leituras e o cântico do Salmo, e as músicas sacras foram executadas pelo Coral Sagrada Família, enquanto a solene coroação da imagem do Imaculado Coração de Maria  ficou sob a coordenação do Sodalício Nossa Senhora da Confiança.

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8 de julho de 2015

São Bonifácio, evangelizador



             No último Sábado, na sede dos Cooperadores de Nossa Senhora da Saúde, desta capital, o arauto Sr. Antonio de Queiroz, promoveu palestra em que relatou aspectos muitíssimo interessante da vida do missionário inglês que evangelizou os povos germânicos de Além Reno e influenciou a organização política e social europeia.
            Eis alguns traços desta vida do santo missionário:
            A esse infatigável missionário inglês atribui-se o mérito de haver tornado possível, com a evangelização dos povos germânicos de além Reno, a organização política e social européia, concretizada pouco depois por Carlos Magno.
           Vilfrido, que receberá o nome do mártir Bonifácio em 719, quando o papa Gregório II lhe confiar a missão entre as populações germânicas, nasceu em Crediton, no Devon. Aos cinco anos ingressou no mosteiro beneditino de Exter.
           Ordenado sacerdote em Winchester, seguindo o exemplo dos monges ingleses e irlandeses, dirigiu-se ao continente impelido pelo desejo de levar o Evangelho às populações pagãs da Europa central. As circunstâncias não lhe foram favoráveis. Voltou dois anos depois, munido desta vez da aprovação e do mandato do papa, que lhe entregou uma arta de recomendação endereçada ao poderoso Carlos Martel, rei dos francos.
           Bonifácio trabalhou por um par de anos ao lado de Vilibrordo, outro célebre missionário, visitando a Baviera, a Turíngia e a Frísia, e batizando milhares de pagãos. O papa Gregório II apreciou a obra do dinâmico missionário e o convocou a Roma, nomeando-o em 722 bispo de toda a Germânia transrenana. De 724 a 731, Bonifácio dedicou-se à evangelização da Saxônia, cujas populações eram inteiramente pagãs. Nessa difusão foi coadjuvado por missionários ingleses e irlandeses que ele deixava depois para continuar a obra nas várias missões.
            Os sacerdotes adaptavam-se a fazer de tudo um pouco: professores, carpinteiros, enfermeiros.
Alguns foram postos à frente de mosteiros fundados pelo santo bispo, agora arcebispo de Mogúncia, depois que o novo papa Gregório III lhe enviou de Roma o pálio com autoridade de ordenar outros bispos nos territórios evangelizados.
            Em 753 elegeu seu fiel discípulo Lul para coadjutor na sede de Mogúncia, e partiu para a última missão na Frísia. Desceu com algumas embarcações ao longo do Reno e se dirigiu a Dokkum, onde se haviam reunido numerosos neófitos para a crisma no dia de Pentecostes. Durante a celebração de 5 de junho, uma turba de frisões, armados de espada, irrompeu no acampamento, assassinando o santo missionário. O bispo Lul transportou seu corpo para o mosteiro fundado pelo santo em Fulda, centro propulsor da espiritualidade e da cultura religiosa da Germânia.
vide: https://www.paulinas.org.br 


7 de julho de 2015

Consagração a Jesus por Maria



            Realizou-se na Basílica de Nossa Senhora do Carmo, do setor feminino dos Arautos do Evangelho, mais uma cerimônia de Consagração a Jesus pelas mãos de Maria, conforme o método de São Luiz Maria Grignion de Montfort.
           A consagração foi feita durante a Missa dominical celebrada pelo arauto Pe. Aumir Scomparin.
           Provenientes da capital paulista, bem como de Caieiras, Mairiporã e Osasco, os novos consagrados foram preparados durante mêses por duas irmãs do Setor Feminino dos Arautos.
           Entre eles estavam também vários cooperadores do Sodalício Nossa Senhora da Saúde, que fizeram questão de assistir a todas as aulas e renovar suas consagrações realizadas há anos, quando ingressaram nas fileiras dos Arautos.
           Ao final da Missa foram distribuídas lembranças para cada novo consagrado.

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3 de julho de 2015

São Tomé esteve no Brasil?


O Apóstolo São Tomé toca as chagas do Senhor
             Um homem de longas barbas, a quem chamavam Sumé, de aspecto venerável, a ensinar a doutrina cristã e a aproveitar os recursos da terra. Era assim que os índios da Baia de Todos os Santos relatavam para os colonos e missionários aqui chegados. Os primeiros registros são de 1514.
             Seria verdade ou lenda?

            Nesta data em que comemoramos a Festa de São Tomé, vejamos os documentos da época, cuidadosamente conservados.
           Em 1549 chegam à Bahia o Pe. Nóbrega e Anchieta. Poucos dias depois em carta aos jesuítas de Lisboa (1) conta o Pe. Nóbrega ter ouvido dos índios referências a um evangelizador que, além de pregar a doutrina cristã, lhes ensinara a colher raízes comestíveis, como a mandioca.
             Quem seria ele?
Pegadas misteriosas na rocha
             Informa o Pe. Nóbrega em sua carta:
“Dizem eles que São Tomé, a quem chamam Sumé, passou por aqui. Isto lhes foi dito por seus antepassados.(…) E que suas pegadas estão marcadas [numa rocha à beira-mar] (2), as quais eu fui ver para ter mais certeza da verdade, e vi com os próprios olhos quatro pegadas muito assinaladas com seus dedos, as quais algumas vezes [a maré] cobre quando sobe.(…) Dizem também que lhes prometeu voltar outra vez.”
              Escrevendo no mesmo ano ao Dr. Martin de Azpicueta, de Coimbra, diz: “E também [os índios] têm notícia de São Tomé, e há em uma rocha nesta Bahia umas pisadas que se têm por suas, e outras em São Vicente”.
              Quando gravou milagrosamente na rocha as marcas de seus pés, estava o santo Apóstolo “fugindo dos índios que o queriam flechar”. Teria querido ele, num último ato de bondade, deixar aos índios um testemunho que os ajudasse a crer na palavra dos missionários chegados séculos depois?
              Jesuítas promovem romarias
              Em carta de 1552, o Pe. Francisco Pires relata uma das frequentes peregrinações ao local das
pegadas: Disseram-nos [os índios] que morássemos ali [local chamado Paripe, a algumas léguas da cidade do Salvador] e que nós, que sabíamos, os ensinássemos e eles nos fariam uma casa nas pegadas do bem-aventurado Santo. Com eles partimos de manhã (…) Lá chegando era meia maré baixa, e vimos pegadas, que estão em pedra muito dura, (…) a pedra cedeu sob seus pés como se fosse barro”.
              Sobre a passagem de São Tomé por terras americanas, escreve o conhecido historiador Rocha Pitta:
              “A vinda do glorioso Apóstolo S. Tomé anunciando a doutrina católica, não só no Brasil, mas em toda a América, tem mais razões para se crer que para se duvidar; pois mandando Cristo Senhor Nosso aos seus sagrados Apóstolos pregar o Evangelho a todas as criaturas e por todo o mundo, não consta que algum dos outros viesse a esta região, tantos séculos habitada antes da nossa Redenção;(…) não se pode imaginar que faltasse a providência de Deus a estas criaturas.(…)
               De ser o Apóstolo S. Tomé o que no Mundo Novo pregou a doutrina evangélica, há provas grandes, como testemunho de muitos sinais em ambas as Américas”.(3)
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(1) Cartas dos Primeiros Jesuítas do Brasil – I- (1538-1553) – Serafim Leite S.J. – São Paulo – 1954
(2) As palavras entre colchetes [ ] são precisões ao texto do Pe. Nobrega que julgava ser o local um rio,
Na realidade é a Bahia de Todos os Santos, portanto Oceano Atlântico.
(3) (História da América Portuguesa, vol. XXX – W.M. Jackson Inc. Editores — 1970).
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[Os textos completos podem ser consultados na Revista Arautos do Evangelho, nº 23, novembro de 2003,
pp. 40-41, artigo “Piedosa lenda ou fato real?, de Oscar Macoto Motitsuki]


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