31 de outubro de 2018

Finados: Socorramos as benditas almas do Purgatório


              No dia 2 de novembro, a sagrada Liturgia se lembra de modo especial dos fiéis defuntos. Depois de ter celebrado - no dia anterior, festa de Todos os Santos - os triunfos de seus filhos que já alcançaram a glória do Céu, a Igreja dirige seu maternal desvelo para aqueles que sofrem no Purgatório e clamam com o salmista: "Tirai-me desta prisão, para que possa agradecer ao vosso nome. Os justos virão rodear-me, quando me tiverdes feito este benefício" (Sl 141).
               A gênese dessa celebração está na famosa abadia de Cluny, quando seu quinto Abade, Santo Odilon, instituiu no calendário litúrgico cluniacense a "Festa dos Mortos", dando especial oportunidade a seus monges de interceder pelos defuntos, ajudando-os a alcançarem a bemaventurança do Céu.
               A partir de Cluny, essa comemoração foi-se estendendo entre os fiéis até ser incluída no
Calendário Litúrgico da Igreja, tornando- se uma devoção habitual, em todo o mundo católico.
  Talvez o leitor, como milhares de outros fiéis, tenha o costume de visitar o cemitério nesse dia, para recordar os familiares e amigos falecidos, e por eles orar. Muitos cristãos, porém, não prestam ouvidos aos apelos de seu coração, que os move a sentir saudades de seus entes queridos e a aliviálos com uma prece. Talvez por falta de cultura religiosa, ou por falta de alguém que as incentive ou oriente, muitas pessoas nem vêm a necessidade de rezar pelas almas dos falecidos.
                A inúmeras outras, a existência do Purgatório causa estranheza e antipatia. Seja como for, tanto por amor às almas que esperam ver-se livres de suas manchas para entrarem no Paraíso, quanto para estimular em nós a caridade para com esses irmãos necessitados, como também para nosso próprio proveito, vejamos o "porquê" e o "para quê" da existência do Purgatório.
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29 de outubro de 2018

A estética do Universo


                                                 Prof. Plínio Corrêa de Oliveira

          Na semana passada os Cooperadores do Sodalício Nossa Senhora da Saúde puderam apreciar o desenvolvimento do tema “A estética do Universo”, já anunciado nesta página. Dando continuidade a este tema, neste último fim de semana o Pe. Orlando Kimura, EP, apresentou abundante argumentação desenvolvida na década de 60 pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, lider católico já conhecido pelos nossos internautas. O programa também constou da celebração da Eucaristia, participação do coral,  e de um delicioso jantar, em homenagem ao sacerdote expositor, que fazia aniversário neste dia.




        
          Dr. Plínio analisava duas concepções de vida diversas: a católica e a anti-católica moderna, e procurava mostrar que, acima das aparências, a razão profunda da oposição entre ambas é de caráter metafísico-religioso. Esta é a causa fundamental da divisão dos espíritos.

          Seguem alguns poucos excertos dessa conferência:
          Pode uma maneira de encarar os problemas do Universo encerrar uma questão religiosa?
          Considerando a Criação, podemos nos perguntar por que Deus, tendo em si toda a plenitude, desejou criar a imensa quantidade de seres que compõem o universo.
          Sendo infinitamente perfeito, não precisava criá-los. E se é verdade que não havia nenhum motivo que o impedisse de dar existência ao cosmos, de outra parte razão alguma existia que O obrigasse a fazê-lo. Em sua bondade e sabedoria infinitas, Deus assim o quis. E então, com que de um jorro, uma quantidade incontável de seres foi por Ele produzida.
          Deus Nosso Senhor, além de ter em si todas as perfeições, vê também em si todos os graus de perfeição possíveis. Seu intuito, ao criar tão  grande  número de seres, foi fazer com que esses seres não só espelhassem a sua perfeição, mas a reproduzissem nos mais variados graus.
          Assim se explica o caráter hierárquico que Deus imprimiu ao universo.
          Esses graus de perfeição espelham convenientemente a Deus.
          Não podia Deus criar uma única criatura que por si só refletisse todas as suas perfeições tão bem como o conjunto dos seres criados? Não nos parece que esta questão possa ser considerada como objeto de uma opinião unânime dos filósofos, mas somos muitíssimo propensos a pensar que isso seria metafisicamente impossível. Deus criou o universo composto de muitas criaturas para que
elas, de um lado pela sua pluralidade, de outro pela sua hierarquização, espelhassem de modo conveniente a perfeição divina.
          A razão de ser da criação consiste, portanto, em dar glória a Deus, espelhando de modo completo e pleno as perfeições que n’Ele existem.
          Essas considerações são importantes para a exata compreensão do que seja a “causa católica”.
          Poder-se-ia conceituá-la como sendo o ideal que visa a fazer com que a Criação dê glória a Deus, considerada entretanto a Criação em seu todo, e não somente em um ou outro de seus aspectos
parciais. É o conjunto das famílias, das cidades, das nações, da humanidade, e, em última análise, do universo inteiro, que se trata de fazer com que dê glória a Deus.

25 de outubro de 2018

Frei Galvão, um santo brasileiro


             Sempre voltado para o bem dos outros, Frei Antônio de Sant'Ana Galvão é um modelo para os cristãos brasileiros.

            Dia 25 de outubro celebramos a festa de Santo Antônio de Sant'Ana Galvão, o nosso Frei Galvão. Ele é o primeiro santo brasileiro e foi canonizado pelo pelo papa Bento XVI durante sua visita ao Brasil (São Paulo) no dia 11 de maio de 2007.

            As "pílulas" de Frei Galvão
          Entre as numerosas graças recebidas pela intercessão de Frei Galvão destacam-se, pela simplicidade e pela maravilhosa confiança na Mãe de Deus que encerram, as pílulas miraculosas.
          Esse costume tão característico de nosso Santo - ininterruptamente seguido por milhares de fiéis desde quando ele era vivo até os dias de hoje - comprova, pelas graças e feitos portentosos que opera, não ser uma mera crença popular. A Irmã Célia Cadorin explica a origem das pílulas.
          Diz a história que certo dia apresentaram a Frei Galvão um moço com muitas dores, sem poder expelir uns cálculos renais. O santo religioso movido de compaixão, depois de rezar teve uma súbita inspiração. Escreveu em três papelinhos a seguinte frase do ofício da Santíssima Virgem Maria: "Post partum Virgo inviolata permansisti: Dei Genitrix intercede pro nobis", ou seja: "Depois do parto, ó Virgem, permanecestes intacta; Mãe de Deus, intercedei por nós".
           Enrolou os papeizinhos em forma de pílula e deu ao jovem para que os tomasse como remédio.
           Logo depois o moço expeliu um grande cálculo e ficou curado. Mais tarde um homem aflito procurou Frei Galvão, dizendo que sua esposa, que ia dar à luz, estava muito mal. Novamente ele se lembrou do versículo do ofício de Nossa Senhora escreveu, enrolou e mandou as pílulas para a mulher. Depois de tomá-las, ela deu à luz sem nenhum problema.
           Estes e outros fatos se propagaram rapidamente e os pedidos dos célebres papelinhos, ou pílulas, ficaram muito freqüentes.
           Frei Galvão ensinou às irmãs do Recolhimento a fazerem pílulas, de modo que, mesmo em sua ausência, as pudessem dar às pessoas que viessem pedir na portaria do Convento.
           No início as pílulas eram procuradas sobretudo pelas parturientes. Com o tempo, porém, começaram a ser usadas por quem sofria de enfermidades diversas, de modo especial problemas renais, cálculos ou pedras nos rins. E até para a conversão de pecadores. Hoje em dia são solicitadas por homens, mulheres e jovens que nas doenças - principalmente câncer - ou em dificuldades de toda espécie, invocam a intercessão do servo de Deus e as tomam com fé.

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24 de outubro de 2018

Cidade do México: Arautos comemoram as Aparições de Fátima



               Em comemoração dos 101 anos da última aparição de Nossa Senhora de Fátima, os Arautos do Evangelho da Capital mexicana promoveram a celebração de uma  Missa na Catedral Metropolitana. Os Cooperadores Arautos desta importante cidade latino-americana  tomaram parte ativa nas homenagens à Virgem, tanto no acolhimento aos fiéis, quanto na apresentação de lindos cânticos religiosos, que abrilhantaram a cerimônia.
               O cônego da Catedral Pe. Luis Manuel Pérez foi celebrante, juntamente com  o Pe. Alvaro Mejia, sacerdote arauto. Pe. Luis coroou solenemente a Imagem Peregrina do Imaculado Coração de Maria, que tem percorrido grande quantidade de lares católicos mexicanos.
               Ao final da Celebração foi recitado um terço em torno da Praça da Constituição, onde se encontram o Palácio do Governo e a Prefeitura Municipal.


23 de outubro de 2018

Simpósio de Cooperadores paulistanos



              Por volta de cinquenta Cooperadores dos Arautos do Evangelho da capital paulista reuniram-se no salão de conferências da Capela de Nossa Senhora de Fátima, em Mairiporã, para um simpósio realizado nos dias12 a 14 deste mês.
              O programa teve início com a Adoração do Santíssimo Sacramento e encerrou-se com a Celebração Eucarística, atos estes abrilhantados pelo Coral Regina Angelorum, regido por Antonio Nobuhiro, cooperador dos Arautos.
              O conferencista, Pe. Orlando Kimura, EP,  desenvolveu o tema “A Estética do Universo”, utilizando-se de interessantes ilustrações fotográficas e apostilas, que servirão para o estudo posterior da matéria então apresentada. Todos os presentes são concordes em afirmar que as exposições expandiram em muito os horizontes dos participantes.
              Entre estes últimos figurou um casal de Cooperadores de Brasília.




19 de outubro de 2018

No interior do Ceará, novos consagrados e novos oratórios




          Na festa de Nossa Senhora Aparecida, a localidade de Pascoal, situada em Pacajus, foi agraciada pela Rainha do Brasil com a consagração de 22 pessoas a Jesus por Maria, segundo o método de São Luís Maria Grignion de Montfort, que passaram por um curso preparatório de dez encontros semanais. Outras 30 pessoas de Curimatã, localidade próxima a Pascoal, renovaram a consagração realizada em 2017.
         A festividade iniciou-se com uma procissão pelas ruas formada por terciários dos Arautos que levavam a imagem da Padroeira do Brasil, seguidos por coordenadores de Oratórios daquelas localidades, consagrandos e fiéis. Ao som de "Viva Mãe de Deus e nossa!", o povo reconhecia a grandeza incomensurável da maternalidade d'Aquela que disse de Si: "Todas as gerações me chamarão bem-aventurada" (Lc 1, 48).
  


          Após a procissão,  todos entraram animados na Capela Nossa Senhora do Desterro, recebidos pelo encarregado da Sede dos Arautos de Fortaleza, Sr. Geraldo Cúrcio, que ressaltou a importância da consagração e tratou sobre o Escapulário, que seria imposto em muitos após a Celebração Eucarística. 



          A Santa Missa, com a consagração, foi celebrada pelo Pe. Christopher da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, de Pacajus, e contou com a presença do coral de terciários dos Arautos. O pároco ressaltou a relevância da fiele intercessão de Nossa Senhora, que, como a melhor das mães, sempre olha e ajuda seus filhos, e mencionou o encontro milagroso da Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida nas águas do Rio Paraíba como uma prova disso. A homilia foi encerrada com palavras a respeito da consagração, que se deu logo em seguida solenemente.



          Ao fim da Missa, foram abençoados pelo pároco e entregues aos coordenadores dois novos Oratórios do Imaculado Coração de Maria. A solenidade encerrou-se com a imposição do escapulário de Nossa Senhora do Carmo em vários fiéis, que receberam, cumpridas as condições, as promessas de Nossa Senhora a quem o portar.




Novos Bispos Auxiliares em Fortaleza

Arautos do Evangelho presentes 
na cerimônia de integração de novos Bispos Auxiliares 
na Arquidiocese de Fortaleza
Dom Vicente de Andrade ao lado do Ir. Geraldo Cúrcio, EP e
membros cooperadores dos Arautos

Nomeados pelo Papa Francisco no dia 11 de julho passado, a Arquidiocese de Fortaleza recebeu no último sábado, mais dois Bispos Auxiliares para o seu pastoreio nas pessoas de Dom Valdemir Vicente de Andrade Santos, sacerdote proveniente da Igreja Arquidiocesana de Aracaju SE; e de Dom Júlio César Souza de Jesus que provém da Igreja Arquidiocesana de Teresina PI. 





         Os Arautos do Evangelho se contentaram em participar desta cerimônia afirmando e confirmando com a presença de seus membros sua adesão ao Magistério da Igreja e a “união afetiva e efetiva com todos os Bispos em comunhão com a Sé Apostólica” (1).

(1) Arautos do Evangelho, Estatutos, Cidade do Vaticano 2006, art. 7.

18 de outubro de 2018

São Lucas, Evangelista


                 Queiram ou não os homens, em se tratando de Deus, jamais conseguirá o silêncio encobrir os acontecimentos ou a própria verdade; sobretudo quando Ele próprio deseja a divulgação de seus atos ou intervenções na História. Tal seria que, encarnando-se o Verbo para redimir o gênero humano, ficassem Ele e sua obra relegados ao esquecimento.
                 Assim, apesar de Jesus não nos ter deixado uma só obra escrita, não houve homem algum que tenha sido objeto de tantos comentários, cuja biografia tenha sido tão conhecida e divulgada.
                 Desde o início de sua vida pública, as palavras, ações e milagres do Messias prometido e esperado convulsionaram o cenário político, social e religioso já bastante movimentado daqueles tempos.
                 As multidões ansiavam e até pressentiam que algo novo e grandioso estava para realizar-se naqueles dias. Como sucedeu isto?
         Reconstituir o fio cronológico dos acontecimentos e, a partir daí, reestruturar ordenadamente as circunstâncias que cercaram a vida do Salvador, mesmo antes de seu nascimento como também depois de sua morte, tem sido uma tarefa de grande alcance e levada a cabo com êxito por numerosos autores, ao longo dos séculos. Mas, quem seria capaz de revelar as sábias e especialíssimas intervenções de Deus no curso da História, para criar o clima psicológico e preparar os espíritos com vistas à magna obra redentora? Quiçá somente no dia do Juízo possamos ter uma visão global e minuciosa desse mais belo agir da Providência.
                      São Lucas, sob esse ponto de vista, foi o escritor sagrado mais bem-sucedido. Hoje, dia 18, é dia deste santo evangelista.

Saiba mais:
Mons. João Clá Dias, EP  
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16 de outubro de 2018

Santa Edwiges, padroeira dos individados




             Santa Edwiges, apesar de ser nobre, vivia uma vida de inteira humildade e sacrifício.  Quando ficou viúva foi morar em um mosteiro onde se dedicou aos pobres, inclusive saldando suas dívidas. Santa Edwiges é considerada a padroeira dos pobres e endividados e protetora da família.  Festa: 16 de outubro

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10 de outubro de 2018

Nossa Senhora Aparecida: padroeira e protetora do Brasil


                   No dia 12 de outubro, os católicos brasileiros comemoram sua grande protetora e padroeira: Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
                   Haja tempo, papel e tinta para relatar os inúmeros milagres e graças obtidos pela intercessão da Senhora saída das águas, para brasileiras e brasileiros de todas as classes, raças e idades. Desde a menina de Jaboticabal, cega de nascença, que ao chegar diante da Capela de Aparecida, em 1874, passa a enxergar e diz: "Mamãe, que bonita igreja!" até a mulher que foi curada de trombose em São Paulo, em 1984.
                   Mas quem quiser ler esse relato, e inúmeros outros do gênero, vá até enorme Salão das Promessas, e consulte o livro sem palavras que existe lá: os milhares de ex-votos, ou sejam objetos que exprimem gratidão pelos milagres acontecidos. Aqui, um par de muletas, inúteis agora ao antigo usuário; lá, a escultura de um braço miraculado; acolá, peça de carro do acidente fatal que não matou; ao lado, desenho de uma máquina quase assassina.
                   Quantos dramas envolvendo famílias inteiras, que nossa Mãe Aparecida solucionou, "estendendo seu olhar sobre nós e nosso lar". Saibamos ver os oceanos de misericórdia que estão por detrás desses ex-votos.
                   Alguns exemplos:

 Libertação de um Escravo
                   Certa vez, um escravo, de nome Zacarias, fugiu de uma fazenda no Paraná e foi capturado  no Vale do Paraíba. Estando todo preso por cadeias no pescoço e nos pulsos, ao passar perto da primeira capelinha dedicada a Virgem Aparecida, fez ele uma oração cheio de confiança a bondosíssima Mãe de Deus. Rezou com tanto ardor diante daquela imagenzinha que as correntes e argolas se soltaram, caindo aos seus pés. Zacarias foi um grande devoto de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e um entusiasmado propagador da devoção a Ela.

Cura de uma menina cega de nascença

  Dona Gertrudes Vaz morava com sua filha cega de nascença em Jaboticabal, no interior de São Paulo. Conhecendo os inúmeros casos de milagres concedidos pela Virgem Aparecida, a menina sempre pedia à mãe para irem em peregrinação até o local. Apesar de não terem os recursos para esta longa viagem, a mãe dela consentiu em partir, pedindo esmolas pelo caminho para se manterem.
                    Após semanas de penosa viagem, já bem próximo de Aparecida, a menina que era cega desde o nascimento, exclama: – Olha mãe! Aquilo não será a igreja de Nossa Senhora Aparecida?
                    Muito emocionada, a mãe pergunta: – Então, minha filha, você está enxergando?
                    – Perfeitamente, mamãe! – respondeu a menina – de repente veio uma luz que clareou a minha vista. Este caso deu-se no ano de 1874.

                    Serra Elétrica
                    Na povoação de Aparecida, localizada no Estado de Goiás, estava o Sr. José Cândido de Queiroz fazendo uma revisão na maquina de serra, pois ele tinha o ofício de serrador. Mas, por acaso, seu braço ficou preso bem na hora que a máquina estava em seu pleno funcionamento.
Mais uns instantes e seu braço seria forçosamente decepado pela serra. Neste momento ele só se lembrou de recorrer a Virgem Mãe Aparecida, e no mesmo instante a serra parou miraculosamente, sem intervenção humana. Este milagre aconteceu no dia 12 de Julho de 1936

                    “Valha-me Nossa Senhora Aparecida
                    Deu-se na fazenda das Araras, não muito longe da cidade de Piuí, em Minas Gerais. Tiago Terra, que se dirigia aquela fazenda, foi surpreendido por um barulho que logo pôde saber quem o produziu: uma enorme onça que procurou ataca-lo. Não encontrando outra saída para o caso, bradou aos céus: “Valha-me Nossa Senhora Aparecida!” Assim, a onça tomou o caminho pela direita dele e seguiu seu caminho, deixando Tiago ileso.  Se Nossa Senhora atende ao pedido de um homem, para que afastasse uma fera que faria mal ao corpo dele, imagine se nós recorrermos a Ela para que nos afaste das ciladas do demônio!
                    Enfim… a simples recordação destes fatos conforta e enche de suave alegria a alma e a obriga a louvar e engrandecer ao Senhor, fonte de onde jorra todo bem, e a Virgem Imaculada, medianeira e dispensadora carinhosa de suas graças.

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6 de outubro de 2018

Nossa Senhora do Rosário


Na última aparição, em outubro de 1917, a Virgem Maria disse por fim o seu nome: "Sou a Senhora do Rosário"; e voltou a lembrar a recomendação já feita antes: "Continuem a rezar o terço todos os dias".

            Foi durante aquela aparição que Nossa Senhora disse às três crianças: " ... Continuem a recitar o Rosário todos os dias em honra de Nossa Senhora do Rosário, para obter a paz no mundo e o fim da guerra...
           As mensagens transmitidas por Nossa Senhora em Fátima são de proveito para todos nós, rezemos o Santo Rosário; ofereçamos nossas orações  àqueles que mais necessitam, e estaremos alegrando de forma indizível  o Sagrado Coração de Jesus.  
Fator decisivo de grandes vitórias
             Foi, sobretudo, nos momentos de grandes perigos e provações para a Igreja, que o Rosário teve um papel decisivo, propiciou a perseverança dos católicos na Fé e levantou uma barreira contra o mal.
        Ao ver a Europa ameaçada pelos exércitos do império otomano, que avançavam por mar e por terra, devastando tudo e perseguindo os cristãos, o Papa São Pio V mandou rezar o Rosário em toda a Cristandade, implorando a proteção de Nossa Senhora. Ao mesmo tempo, com o auxílio da Espanha e de Veneza, reuniu uma esquadra no Mar Mediterrâneo para defender os países católicos
              A sete de outubro de 1571, a frota católica encontrou a poderosa esquadra otomana no golfo de Lepanto. E apesar da superioridade numérica do adversário, os cristãos saíram triunfantes, afastando definitivamente o risco de uma invasão. Antes de travar-se o combate, todos os soldados e marinheiros católicos rezaram o Rosário com grande devoção.
             A vitória, que parecia quase impossível, deveu-se à proteção da Virgem Santíssima, a qual - segundo testemunho dado pelos próprios muçulmanos - apareceu durante a batalha, infundindo-lhes grande terror.
         No século XVIII, para comemorar a vitória do Príncipe Eugênio de Saboya sobre o exército otomano, devida também à eficácia do Rosário, o Papa Clemente XI ordenou que a festa de Nossa Senhora do Rosário fosse celebrada universalmente.

                                                                      * * * * *

         Dia 7 de outubro,  a Igreja comemora Nossa Senhora do Rosário.  Conheça mais sobre a devoção e as graças que recebem aqueles que praticam a reza do terço, bem como a história da última aparição de Nossa Senhora em Fátima.
      
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2 de outubro de 2018

Santos Anjos da Guarda

                                                  Festa: dia 2 de outubro
                São dez horas da noite. Na silenciosa Roma - estamos no século XIV -. uma distinta dama reza na capela de seu palácio. Algumas poucas velas iluminam o recinto sagrado. De repente, uma forte luz toma conta do ambiente como se fosse meio-dia. A nobre senhora eleva seus olhos e contempla a face resplandecente de seu filho João Batista, falecido há alguns meses.
                 - Meu filho, de onde vens? . Venho da Corte Celeste, onde tenho a ventura de sempre contemplar a face indizivelmente bela de nosso Criador. Esta é a maior felicidade dos bem-aventurados, meus companheiros eternos de glória! . E quem é esse varão que te acompanha? 
   - Minha mãe, este é um anjo que pertence ao oitavo coro angélico, o coro dos Arcanjos, acima dos Anjos da Guarda, St Patrick Cathedral, New York_anjos.jpgque formam o nono coro angélico. Como vês, é muito mais belo do que eu, pois está mais próximo de Deus. O Divino Redentor envia este celeste protetor para que, a partir de hoje, te acompanhe e proteja dia e noite.
                   Santa Francisca Romana . pois é dela que se trata . estava inundada de indizível felicidade. A partir dessa memorável noite, gozou da visão ininterrupta de seu Arcanjo protetor. Mas era tão resplandecente a beleza do celeste mensageiro, que ele tinha de graduar sua luz para que a santa pudesse fitar sua face. Com efeito, conforme afirmam os inúmeros santos que receberam a graça de ver algum anjo, o brilho deles é superior ao do sol.
                   Claro está que a visão, neste mundo, das criaturas angélicas é um excepcional privilégio. Mas muito consoladora é a doutrina católica a respeito dos anjos.
                   A existência deles é uma verdade de fé. O testemunho da Escritura a esse respeito é tão claro quanto a unanimidade da Tradição, como o afirma o Catecismo da Igreja Católica..
                   Grandes comentadores das Sagradas Escrituras, como São Jerônimo e São Tomás de Aquino, afirmam que toda criança, no momento de seu nascimento recebe de Deus um Anjo da Guarda. Desde o início até a morte, a vida humana é cercada por sua proteção e por sua intercessão,ensina o Catecismo).           
                  Cada fiel é ladeado por um anjo como protetor e pastor para conduzi-lo à vida., escreve São Basílio (apud CIC, 336). E não são apenas as crianças batizadas que recebem um anjo custódio, mas todo recém-nascido...                             
                                                 Revista Arautos do Evangelho, n. 14, 

                                                               Carlos Alberto Soares Corrêa 
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1 de outubro de 2018

Santa Teresinha – Somente rosas?

SantaTeresinha

          No  dia 1º de outubro, festa de Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, a maior santa dos tempos modernos, segundo São Pio X.
S. Teresinha 010          A santa prometeu fazer cair do Céu sobre a terra uma chuva de rosas, vale dizer, graças abundantes para a santificação das almas. Esse símbolo ficou de tal modo ligado ao seu nome, que, no mais das vezes, quando dela se fala, pensa-se logo nas pétalas de suave perfume, esquecendo-se dos espinhos.
Com efeito, um pouco por toda parte, formou-se uma idéia unilateral sobre a santa de Lisieux: meiga, atraente, havendo mesmo quem julgasse ter sido a jovem e heróica carmelita uma criatura mimada, tanto na família quanto no convento.
          Na iconografia sulpiciana e tantas vezes deformada que correu o mundo não se nota o menor traço do sofrimento. Sua vida teria sido um mar de rosas…
Pelo contrário, essa santa, que via despontar em si, com toda clareza, a vocação religiosa aos dois anos de idade, confessa no leito de morte que sofreu incrivelmente, desde sua mais tenra infância. E insistia: “Sofri muito nesta terra; será preciso fazê-lo saber às almas”.(Carnnet Jaune, 31.7.1913)
          É precisamente sobre esse aspecto quase desconhecido de Santa Terezinha que pretendemos discorrer no artigo de hoje.
Servimo-nos de anotações extraídas do abalizado livro do Pe. Alberto Barrios, CMF, “Santa Teresita, modelo y mártir de la vida religiosa” (Editorial Coculsa, Madrid, 1964).
No Alto do Carmelo
S. Teresinha 003          Dada a limitação do espaço, cingir-nos-emos ao verdadeiro martírio que representou para a santa os nove anos e meio que passou no Carmelo, cujas portas lhe foram franqueadas após luta intensa, aos 15 anos de idade.
          Mal acaba de transpor a clausura, ouve a amarga censura do Superior, Pe. Delatroette, perante os familiares e toda a Comunidade: “Quisestes que esta menina entrasse, Vós, e não eu, sereis os responsáveis”.
          Mais tarde ele se arrependerá, confessando com os olhos rasos de lágrimas: “Ah, verdadeiramente esta menina é um anjo!”.
          A heróica Teresa não tinha nenhuma ilusão sobre o que a aguardava no claustro. Ela mesma escreveu: “Deus me concedeu a graça de não levar nenhuma ilusão ao Carmelo. Encontrei a vida religiosa tal qual a imaginava. Nenhum sacrifício me surpreendeu”.
          No tempo da santa, o Mosteiro de Lisieux foi dirigido por uma freira geniosa, “psiquicamente desequilibrada”, Madre Maria de Gonzaga.
Essa religiosa tornou-se efetivamente o instrumento de Deus para a santificação da Irmã Teresa.
          Uma das religiosas declarou no processo de canonização: “Vejo-me obrigada a dizer que durante os anos que Soror Teresa do Menino Jesus passou no Carmelo de Lisieux, teve que sofrer esta Comunidade agitações deploráveis.
          Existiam oposições de partidos, lutas de caracteres, cuja origem era o temperamento fastidioso de Madre Maria de Gonzaga, que durante mais de 20 anos foi Priora, em diversas ocasiões”.
          Os processos fazem referência a fatos assim qualificados: “cenas espantosas estalavam com um a tempestade, a propósito de nada, porém a inveja era sua origem”.
          Nesse ambiente a santa demonstrou “toneladas de prudência”. “Deus prova de grande cautela para evitar quanto pudesse agravar a situação já difícil. Procurava conciliar as coisas, acalmar os espíritos turbados, para que voltasse a paz e as almas pudessem retomar sua vida interior, abalada com frequência”.
          Soror Maria Madalena depôs: “Neste ambiente, tão pouco edificante, Soror Teresa do Menino Jesus não cometeu jamais a menor falta”.
Era tal sua união com Deus que vivia como se estivesse no mesmíssimo Céu! Todas as dificuldades eram uma ocasião de progredir na virtude.
Humilhações
          É conhecido o episódio da teia de aranha. A noviça, após executar exemplarmente a limpeza, recebe da Superiora perante toda a Comunidade esta repreensão: “Bem se vê que o claustro foi varrido por uma menina de 15 anos! É uma calamidade. Vá tirar aquela teia de aranha e seja mais cuidadosa para o futuro!”.
S. Teresinha 002
Adicionar legenda
       “Durante seu postulantado, comenta Sóror Teresa de Santo Agostinho, foi tratada muito severamente pela Madre Priora. Nunca a vi rodeada de cuidados, nem de atenções. Esta maneira de comportar-se com a Serva de Deus não se modificou com os anos; mas a doçura e humildade com que aceitava as advertências, as repreensões, não se desmentiram nunca: ainda quando não eram merecidas”.
          Um dia em que Madre Inês, irmã mais velha da santa revelou à Priora sua tristeza por ver a jovem irmã tão maltratada e sempre humilhada sem razão, Madre Gonzaga respondeu vivamente:
          –“Aqui está o inconveniente de ter irmãs ( no convento)… Sóror Teresa é muito mais orgulhosa do que pensais; necessita ser constantemente humilhada”.
Mas o tratamento adverso não vinha apenas da Superiora.           
          “Algumas religiosas – declarou Celina, a irmã carnal pouco mais velha que a santa – abusavam de sua heróica paciência.
          Durante três anos, a santa cuidou com carinho maternal de uma religiosa – Soror San Rafael – “maníaca e sem inteligência, que faria impacientar a um anjo”.  Ao declínio mental se ajuntava a didropsia.
          Seja por curta inteligência, seja por imaginar que Teresa não tinha sede, o fato é que todos os dias bebia sozinha a pequena jarra de cidra que colocavam para ela e para a santa, no refeitório. O mérito está em que Teresa jamais lhe disse uma palavra de advertência, privando-se de tomar a cidra que lhe correspondia.
Terrível Holocausto
          Teresa repetiu mais de uma vez que não conheceu, em sua vida de carmelita, os consolos de Deus. Seus últimos dias foram particularmente marcados por terríveis sofrimentos físicos e morais.
S. Teresinha 011        Na Quaresma de 1897, a tuberculose revela-se em estágio desesperador. Todos os dias às 15 hora – “horário militar”, dirá a doente – uma forte febre a vai consumindo.           
          As hemoptises tornam-se rotina, duas e até três num só dia.
        As crises de sufocação diurnas e noturnas são terríveis. A angústia a invade. Aspira éter, mas a opressão é tão forte que o remédio não produz efeito. Teresa sofre muitas séries de aplicações de pontas de fogo, mais de quinhentas numa só vez – “eu mesma as contei”, diz Celina. Ela chegou a ponto de não poder respirar sem dar pequenos gritos, de quando em quando.  Uma sede ardente a consome:                     
          “Quando eu bebo, é como se derramasse fogo sobre fogo”.
          A tuberculose atinge outros órgãos, que começam a decompor-se pela gangrena, provocando sofrimentos lancinantes. Teresa já não suporta o menor barulho, mesmo o amarrotar de um papel ou palavras ditas em voz baixa.           
          Uma fraqueza que não lhe permite sequer mexer as mãos, pesadelos aterradores, nervos à flor da pele – ela chega ao auge do seu calvário! Está tão magra que, em muitas partes, os ossos atravessam a pele e formam-se chagas dolorosíssimas. “Não desejeis conservá-las nesse estado, adverte o médico, é horrível o que ela sofre!”
          “Nunca pensei que fosse possível sofrer tanto. Nunca! Nunca!” – exclama por sua vez a doente. Sua agonia foi longa e dolorosíssima: “Não encontro explicação para isto senão nos ardentes desejos que tive de salvar almas”, dizia a santa.
          Sua morte foi grandiosa e impressionante na sua simplicidade. O êxtase transfigurou sua fisionomia.
          “Ninguém imagine – advertia Teresa – que seguir nossa pequena via é levar uma vida de repouso, toda de doçura e de consolações. Ah! é bem o contrário! (…) Porque o amor não vive senão de sacrifícios, e quando alguém se entregou totalmente ao amor, deve estar para ser sacrificado sem nenhuma reserva”.
            Eis o verdadeiro sentido da vida de Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face.
Infelizmente, ele é desconhecido de muitos, que formaram uma visão distorcida da extraordinária religiosa de Lisieux; fixaram apenas o símbolo da chuva de rosas, esquecendo-se porém dos espinhos.
(Revista Arautos)