29 de novembro de 2014

Purgatório: é certa sua existência



             A existência do Purgatório foi ensinada pela Igreja desde os tempos mais remotos e foi aceita com indubitável fé quando a Palavra de Deus foi pregada. A doutrina é revelada na Sagrada Escritura e crida por milhões e milhões de crentes de todos os tempos.
             Entretanto, as idéias de alguns sobre este tema tão importante muitas vezes são vagas e superficiais; são como pessoas que cerram seus olhos e caminham deliberadamente no fio de um precipício.
             Seria bom recordar que a melhor maneira de diminuir nossa estadia no Purgatório - o ainda mais, evitá-lo -  é ter uma clara idéia dele, e de pensar bem nele e adotar os remédios que Deus nos oferece para evitá-lo. Não pensar nele é fatal. É cavar para si mesmos a fossa, e preparar para si um terrível, longo e rigoroso Purgatório.

            Assim começou um sacerdote arauto a explicar a doutrina da Igreja Católica sobre a existência do Purgatório numa palestra para cooperadores de Nossa Senhora da Saúde que se reuniram  no último Sábado, em sua sede social, como fazem habitualmente.
             Logo no início, depois da Celebração Eucarística, para ilustrar tâo palpitante tema mencionou o exemplo de um príncipe polonês ateu, citado na obra “Almas Benditas”, livrinho excelente, com aprovação eclesiástica. Depois, durante 40 minutos discorreu sobre o tema, com base no Catecismo da Igreja Católica.
             Segue o exemplo citado:
             Houve um príncipe polonês, que por uma razão política, foi exilado de seu pais natal, e chegado à França, comprou ali um lindo castelo. Desafortunadamente, perdeu a Fé de sua infância e estava, ocupado em escrever um livro contra Deus e a existência da vida eterna. Dando um passeio uma noite em seu jardim, se encontrou com uma mulher que chorava amargamente. Perguntou-lhe o porquê de seu desconsolo.
             "Oh, príncipe, ela replicou, sou a esposa de John Marie, seu mordomo, o qual faleceu faz dois dias. Ele foi um bom marido e um devoto servente de Sua Alteza. Sua enfermidade foi larga e gastei todos os recursos em médicos, e agora não tenho dinheiro para ir a oferecer uma Missa por sua alma".
             O príncipe, tocado pelo desconsolo desta mulher, lhe disse algumas palavras, e ainda que professava já não crer mais na vida eterna, lhe deu algumas moedas de ouro para que mandasse celebrar a Missa por seu defunto esposo.

             Um tempo depois, também de noite, o príncipe estava em seu estúdio trabalhando febrilmente em seu livro. Escutou um ruidoso tocar a porta, e sem levantar a vista de seus escritos, convidou a pessoa a entrar. A porta se abriu e um homem entrou e parou defronte à escrivaninha do príncipe. Ao levantar a vista, qual não foi a surpresa do príncipe ao ver a John Marie, seu mordomo morto, que o olhava com um doce sorriso.
             "Príncipe, lhe disse, venho agradecer-lhe pelas Missas que você permitiu que minha mulher encomendasse por minha alma. Graças ao preciosíssimo Sangue de Cristo, oferecido por mim, vou agora ao Céu , mas Deus me permitiu vir aqui e agradecer-lhe por suas generosas esmolas".
             Logo acrescentou solenemente "Príncipe, há um Deus, uma vida futura, um Céu e um Inferno". Dito isto, desapareceu.
             O Príncipe caiu de joelhos e recitou o Credo (Creio em Deus, Pai todo poderoso, Criador do Céu e da Terra...).




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