25 de junho de 2019

Conheça a impressionante Basílica dos Arautos em Cotia (descrita por uma visitante)

 
          Ao voltar de uma peregrinação a Aparecida na semana passada dormimos uma noite na região de Embu das Artes, conhecida mundialmente pelas galerias e feira de artesanato.
Percorremos o fofo casario  histórico e suas lojinhas coloridas, mas foi nos arredores da cidade que tivemos a experiência estética mais deslumbrante da viagem.
A 10 quilômetros do centro de Embu das Artes, já no município de Cotia, fica a Basílica Nossa Senhora do Rosário de Fátima, também chamada de Igreja dos Arautos do Evangelho.


          Os Arautos do Evangelho é uma associação religiosa católica com características bem curiosas, principalmente nas vestimentas. O rito das missas — apostólico romano — é o mesmo ao qual os fiéis estão acostumados no Brasil.
          O código de conduta também é baseado na obediência, pobreza e castidade a exemplo da muitas ordens religiosas cristãs católicas. Mas só pela roupa que usam, de longe você identifica um arauto.


          Toda a simbologia da ordem faz referências aos cavaleiros medievais. Usam botas de cano longo e um hábito ocre ou marrom com uma enorme cruz inspirada na Cruz de Santiago de Compostela bordada na frente.
          Os movimentos e genuflexão dentro da igreja são rígidos e concentrados, lembram os de um combatente militar. Na cintura, um enorme rosário para mostrar que são consagrados a Maria. Veja aqui os significados das vestimentas e dos acessórios dos arautos.
          Nós não sabíamos o que íamos encontrar. Eu havia visto uma pequena foto do interior da basílica no site de turismo de Embu das Artes. Parecia bonita, mas não dava a dimensão da coisa. Só decidimos visitá-la porque começou a chover muito e tínhamos que procurar uma atividade interna.


           Ao chegar à Igreja dos Arautos já ficamos impactados com a parte externa. Parecia um castelo. Mas nada, NADA poderia ter me preparado para aquela visão do éden que viria em seguida.
         Construída em estilo neogótico, o templo é esplendoroso. Uma manifestação de beleza que eu não me lembro de ter visto em outro lugar do mundo. Volte para a primeira a foto e entenda melhor! 🙂


          É certo que na Igreja dos Arautos você não vai encontrar obras de Michelangelo, Caravaggio ou Botticelli. A proposta é outra. Muitas cores milimetricamente coordenadas com grandes ogivas, rosáceas e vitrais, características contundentes da arte gótica. E, im-pressionante, tudo feito pelos próprios arautos.


            Se as fotos já assombram, pessoalmente você fica atordoado. “Nosso carisma é evangelizar pela perfeição e beleza”, diz Renan, o simpático arauto que nos guiou e deu todas as informações durante nossa visita. Em tempo: há diversos detalhes que não mostro aqui. Conhecemos o sacristia, a capela do santíssimo e as imagens restauradas do lugar.
Existe algo que deixa a basílica ainda mais espetacular: as missas com canto gregoriano aos finais de semana. Veja como visitar a Basílica Nossa Senhora do Rosário de Fátima, a Igreja dos Arautos:
          – A basílica fica na Rua dos Agrimensores, 183, Cotia-SP. Chegamos fácil lá com o GPS. Está aberta à visitação todos os dias, das 8h30 às 13h e das 14h30 às 18h. Não é necessário agendar. O telefone é (11) 4614-8827. No nosso caso, ligamos ali de Embu das Artes para confirmar se estavam abertos mesmo e fomos para lá. A visita guiada é gratuita e dura uns 20 minutos. Pode tirar fotos à vontade.
          – As celebrações com canto gregoriano acontecem aos sábados, 12h e 17h, e aos domingos, 8h, 10h, 17h e 19h. De segunda a sexta, a liturgia acontece às 19h30 e contém pelo menos um canto gregoriano. (Informações atualizadas em fevereiro de 2017. Confirme antes de ir.)
          – A Igreja dos Arautos do Evangelho de Cotia fica a 35 quilômetros de São Paulo e a 8 quilômetros (15 minutos) do centro de Embu das Artes. Há outra basílica dos arautos que fica na Serra da Cantareira, na cidade de Caieiras, a 40 quilômetros da capital. Pelas fotos é tão magnífica quanto esta.
                        Publicado por: Silvia Oliveira Cotia, Cunha, Embu das Artes

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