9 de junho de 2019

A descida do Espírito Santo

               
           VÍDEO-Pentecostes era uma das festas tradicionais judaicas. Nela se ofereciam a Deus as primícias das colheitas do campo. Tratava-se de uma das três grandes festas chamadas da “peregrinação”, pois nelas os israelitas deviam peregrinar até Jerusalém para adorar a Deus no Templo. Os judeus da diáspora (residentes no estrangeiro) designavam-na pela palavra grega pentecosté (qüinquagésimo), por ser celebrada 50 dias depois da Páscoa.
   “Estavam todos” presentes no cenáculo, diz São Lucas nos Atos. Era toda a Igreja nascente: cerca de 120 pessoas, entre as quais os 12 apóstolos, os 72 discípulos e as santas mulheres.
               Encontravam-se absortos na oração quando se fez ouvir um ruído estrondoso e um vento impetuoso. Em seguida, aparecem pequenas chamas. Segundo uma piedosa e antiga tradição, a primeira língua de fogo — a mais rica — pousou sobre a cabeça de Nossa Senhora, e a partir dela se multiplicou para os outros.
               Por que essas manifestações exteriores? Deus quis tornar visível a plenitude que entregava, o ímpeto de amor, a grandeza do dom que descia.
              O “vento impetuoso” pode ser visto como a chegada da torrente de graças que estavam sendo derramadas sobre todos os presentes. Eram graças místicas eficazes e superabundantes que “invadiram” o cenáculo.
              Além do fenômeno auditivo, e talvez sensitivo, terá havido um certo perfume? A ideia nos parece plausível.
  O fogo, feito de luz e calor, era o melhor elemento para simbolizar o ardor próprio à ação restauradora e entusiasmante do Espírito Santo. Ao pairarem sobre as cabeças de Maria e dos demais presentes, as chamas se apresentavam sob a forma de línguas de fogo. Nelas podemos ver simbolizadas as labaredas que a pregação daqueles varões suscitaria.
              “... ficaram todos cheios do Espírito Santo”. De Maria a Igreja exclama: “cheia de graça”, e de fato Ela o foi desde o primeiro instante de sua Imaculada Conceição. No cenáculo recebe uma plenitude ainda maior. Nessa passagem dos Atos vemos também os apóstolos, de acordo com suas respectivas missões, serem inundados dos mais especiais dons. Lembraram-se, então, com amor e compreensão, de tudo o que o Mestre lhes ensinara, estando prontos para percorrer o mundo pregando a Boa Nova.

Vídeo: Maria, Esposa do Divino Espírito Santo
Saiba mais, nas palavras de Mons. João Scognamiglio Clá Dias

Nenhum comentário:

Postar um comentário