24 de setembro de 2015

As grandezas da Santíssima Virgem



        O que diz São Luiz Maria Grignion de Montfort, o apóstolo mariano por excelência, a respeito desta admirável criatura? 
        Leiamos suas palavras no famoso "Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem":

         Foi pela Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao mundo, e é também por ela que deve reinar no mundo.
        Toda a sua vida Maria permaneceu oculta; por isso o Espírito Santo e a Igreja a chamam Alma Mater – Mãe escondida e secreta. Tão profunda era a sua humildade, que, para ela, o atrativo mais poderoso, mais constante era esconder-se de si mesma e de toda criatura, para ser conhecida somente de Deus.
        Para atender aos pedidos que ela lhe fez de escondê-la, empobrecê-la e humilhá-la, Deus providenciou para que oculta ela permanecesse em seu nascimento, em sua vida, em seus mistérios, em sua ressurreição e assunção, passando despercebida aos olhos de quase toda criatura humana.
         Seus próprios parentes não a conheciam; e os anjos perguntavam muitas vezes uns aos outros:  – Quem é esta? (Ct 3, 6; 8, 5), pois que o Altíssimo lha escondia; ou, se algo lhes desvendava a respeito, muito mais, infinitamente, lhes ocultava.
          Deus Pai consentiu que jamais em sua vida ela fizesse algum milagre, pelo menos um milagre visível e retumbante, conquanto lhe tivesse outorgado o poder de fazê-los. Deus Filho consentiu que ela não falasse, se bem lhe houvesse comunicado a sabedoria divina. Deus Espírito Santo consentiu que os apóstolos e evangelistas a ela mal se referissem, e apenas no que fosse necessário para manifestar Jesus Cristo. E, no entanto, ela era a Esposa do Espírito Santo.
         Digo com os santos: Maria Santíssima é o paraíso terrestre do novo Adão, no qual este se encarnou por obra do Espírito Santo, para aí operar maravilhas incompreensíveis.  É o grande, o divino mundo de Deus,  onde há belezas e tesouros inefáveis. É a magnificência de Deus, em que ele escondeu, como em seu seio, seu Filho único, e nele tudo que há de mais excelente e mais precioso.      
         Oh! que grandes coisas e escondidas Deus todo-poderoso realizou nesta criatura admirável, di-lo ela mesma, como obrigada, apesar de sua humildade profunda: Fecit mihi magna qui potens est (Lc 1, 49). O mundo desconhece essas coisas porque é inapto e indigno.
         Devemos, portanto, exclamar com o apóstolo: Nec oculus vidit, nec auris audivit, nec in cor hominis ascendit (1Cor 2, 9) – os olhos não viram, o ouvido não ouviu, nem o coração do homem compreendeu as belezas, as grandezas e excelências de Maria, o milagre dos milagres da graça, da natureza e da glória. Se quiserdes compreender a Mãe – diz um santo – compreendei o Filho. Ela é uma digna Mãe de Deus: Toda língua aqui emudeça.
         Ainda não se louvou, exaltou, amou e serviu suficientemente a Maria, pois muito mais louvor, respeito, amor e serviço ela merece.


          Com base nestas magistrais palavras do grande Santo mariano, o arauto Sr. Antonio de Queiroz, brindou os cooperadores do Sodalício de Nossa Senhora da Saúde, com uma brilhante exposição, ilustrada com vários fatos históricos.

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