19 de setembro de 2018

Sangue de São Genaro se liquefaz na Catedral de Nápoles


Sangue de San Genaro.jpg
Cardeal de Nápoles, Crescenzio Sepe,
segura relicário com o sangue de São Genaro
Nápoles (Quarta-feira, 19-09-2018) O que os napolitanos consideram como um milagre e um sinal de esperança, repetiu-se na manhã desta quarta-feira, 19. O sangue de São Genaro, padroeiro de Nápoles, voltou a se liquefazer diante de milhares de fiéis que aguardavam ansiosos para assistir o fenômeno na Catedral da cidade.
O relicário, que contem dois frascos com o sangue do santo, foi exposto aos féis presentes na capela do santo, pelo cardeal de Nápoles, Crescenzio Sepe. Ocorreu o milagre as 10,19hs. Houve comoção e aplausos entre os fiéis.
O milagre costuma ocorrer três vezes ao ano: no dia de São Genaro, 19 de setembro, no primeiro final de semana de maio e em 16 de dezembro, data do aniversário da erupção do vulcão Vesúvio em 1631, que se acalmou com as orações dos fieis à São Genaro.
São Genaro nasceu no ano 270, em Nápoles, e foi bispo de Benevento, em 302, na região de Nápoles. Durante o período de perseguições aos cristãos, feito por imperadores romanos, o Santo foi condenado à morte pelo imperador Diocleciano. Os napolitanos veneram suas relíquias desde o princípio do século V.


Um prodígio que se repete regularmente ao longo dos anos
                 Ninguém até hoje conseguiu explicar o permanente prodígio que ocorre com a relíquia de San Gennaro.  Um recipiente de cristal, sustentado por um relicário metálico, contém uma certa quantidade de sangue solidificado. Durante o ano, em três ocasiões distintas ele se liquefaz diante da multidão de fiéis sem explicação humana: no sábado anterior ao primeiro domingo de maio; na festa do santo em 19 de setembro; e em 16 de dezembro, aniversário da erupção do Vesúvio de 1631.
          Os fiéis lotam a igreja nestas festas. Um sacerdote expõe a relíquia sobre o altar, defronte à urna que contém a cabeça de San Gennaro. Em seguida gira vagarosamente o relicário para emonstrar que a massa enegrecida que aparece no interior da ampola está completamente solidificada e totalmente aderente ao cristal. A partir desse momento um grupo de fiéis denominado “parenti di San Gennaro” inicia uma ladainha de orações com invocações especiais do santo. Enquanto são feitas as súplicas pedindo o milagre, o ministro de Deus continua girando o relicário.

          De repente, sem que haja prévio aviso, os fiéis observam que a massa contida na ampola começa a derreter-se para em poucos segundos converter-se num líquido espesso. Em seguida, o sacerdote gira várias vezes o relicário para demonstrar que seu conteúdo não está mais colado ao cristal, se liquefez e segue na horizontal, não mais acompanhando o giro do relicário. Isso vai-se repetindo até que o delegado da chamada comissão laica vendo o sangue inteiramente liquefeito e borbulhante, faz sinal com um lenço indicando que o milagre está reconhecido. É o momento do sacerdote anunciar solenemente: “O milagre aconteceu!” Então, os fiéis expressam seu júbilo e sua fé com aplausos, orações em alta voz  e cânticos. Entoa-se o Te Deum e a relíquia é venerada pelo clero. Logo se formam grandes filas dos que desejam oscular o relicário, manifestando sua veneração ao padroeiro.
             Este singular acontecimento tem sido minuciosamente examinado por pessoas de opiniões opostas. Muitas têm sido as explicações naturalistas, mas até agora nenhuma chegou a convencer.
Entretanto, com base em rigorosas investigações de peritos pode-se afirmar que não se trata de nenhum truque.
Normalmente o conteúdo da ampola, tanto em forma sólida como líquida, ocupa somente metade ou pouco mais do recipiente.  Mas durante as liquefações de maio e de setembro o volume do conteúdo aumenta progressivamente, de forma perceptível, até encher totalmente o frasco. E este aumento de volume traz consigo um aumento de peso. Entre o peso máximo e o mínimo chegou-se a registrar a diferença de 27 gramas. Essas variações de peso e volume são de si inexplicáveis cientificamente. Além disso, o sangue, habitualmente frio e sólido, ao tornar-se líquido se aquece, tomando a temperatura de sangue novo recém-derramado. As pesquisas realizadas por cientistas em todos os tempos são unânimes em confirmar que se trata de sangue humano, e uma delas utilizando o espectroscópio, afirma tratar-se de sangue arterial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário