"Ó vós todos que passais pelo caminho, parai e vede se há dor
semelhante à minha dor".
Rememorando com piedade os sofrimentos que por nossa salvação padeceu a Virgem Maria, recebemos de Deus grandes graças e benefícios. E cumprimos um preceito do Espírito Santo: "Não te esqueças dos gemidos de tua mãe".
É impossível não sentir profunda emoção ao contemplar alguma expressiva
imagem da Mater Dolorosa e meditar estas palavras do Profeta Jeremias,
que a piedade católica aplica à Mãe de Deus: "Ó vós todos que passais
pelo caminho, parai e vede se há dor semelhante à minha dor" (Lm 1, 12).
A esta meditação nos convida a Liturgia do dia 15 deste mês, dedicado a
Nossa Senhora das Dores. Antes de fazer parte da liturgia, as dores de
Maria Santíssima foram objeto de particular devoção. Eis o texto bíblico
referente a uma delas:
A profecia de Simeão
Havia então em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem
(era) justo e temente (a Deus), e esperava a consolação de Israel; e o
Espírito Santo estava nele. Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo
que não veria a morte, sem ver primeiro Cristo (o ungido) do Senhor. Foi
ao templo (conduzido) pelo Espírito de Deus. E levando os pais, o
Menino Jesus, para cumprirem as prescrições usuais da lei a seu
respeito, ele o tomou em seus braços, e louvou a Deus, dizendo:
- Agora, Senhor, podes deixar partir o teu servo em paz,
segundo a tua palavra; Porque os meus olhos viram tua salvação. A qual
preparaste ante a face de todos os povos; luz para iluminar as nações e
glória de Israel, teu povo.
Seu pai e sua mãe estavam admirados das coisas que dele se diziam. E Simeão os abençoou, e disse a Maria, sua Mãe:
- Eis que este Menino esta posto para ruína e para
ressurreição de muitos em Israel e para ser alvo de contradição. E uma espada trespassará a tua alma, a fim de se descobrirem os pensamentos escondidos nos corações de muitos. (Lc. 2, 25-35)
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