26 de agosto de 2015

O heroísmo de um bispo mexicano


                                        San Rafael Guízar y Valencia

                No último Sábado, após a Celebração Eucarística, o arauto Guillermo Asurmendi, que esteve vários anos no México, como superior regional dos Arautos do Evangelho, proferiu interessante palestra para os Cooperadores do Sodalício de Nossa Senhora da Saúde, desta Capital. O tema tratado: “O heroísmo dos Cristeros”, foi ilustrado pela vida de San Rafael Guizar Y Valencia.
                Damos aqui alguns dados deste santo mexicano:
                Órfão de mãe aos nove anos, Rafael fez seus primeiros estudos na escola paroquial e em um colégio dirigido pelos padres jesuítas.
                Nos primeiros anos de ministério sacerdotal decidiu-se com grande zelo a pregar missões na cidade de Zamora e por diferentes regiões do México.
                Nomeado em 1905 missionários apostólico e diretor espiritual do seminário de Zamora, trabalhou incansavelmente para formar os alunos no amor a Eucaristia e à devoção terna e filial à Virgem.
Perseguido pela Fé
               Em 1911, para contra-restar a campanha persecutória contra a Igreja,fundou na cidade do México um periódico religioso que foi imediatamente fechado pelos revolucionários. Perseguido à morte, viveu durante vários anos sem domicílio fixo sofrendo toda espécie de privações e perigos.
               Para poder exercer seu ministério, disfarçava-se de vendedor de quinquilharias, de músico, de médico homeopata. Podia assim aproximar-se dos enfermos, consolá-los, ministrar-lhes os sacramentos e assistir aos moribundos.
Missionário Incansável
               Acossado pelos inimigos, não podendo permanecer mais tempo no México devido ao iminente perigo de ser capturado, foi pelos finais de 1915para o sul dos Estados Unidos e, no ano seguinte, para a Guatemala onde fez um grande número de missões populares. Seu apostolado nesta ilha foi fecundo, e também foi exemplar sua caridade com as vítimas de uma peste que dizimou os cubanos em 1919.
Bispo de Vera Cruz
                Em primeiro de agosto de 1919, enquanto realizava em Cuba seu apostolado missionário, foi indicado para bispo de Vera Cruz. Sagrado na catedral de Havana em 30 de novembro de  1919, tomou posse de sua diocese dia 9 do ano seguinte. Os primeiros anos dedicou-o a visitar pessoalmente o vasto território da diocese, convertendo suas visitas em verdadeira missão e em obra de assistência às vitimas de um terrível terremoto que havia levado destruição e morte à pobre gente de Vera Cruz.Pregava nas paróquias, ensinava a doutrina, legitimava uniões, passava horas no confessionário, ajudava aos que haviam sido afetados pelo terremoto.
Novas perseguições
                Uma de suas principais preocupações era a formação dos sacerdotes. Em 1921 conseguiu resgatar e renovar o velho seminário de Jalapa que havia sido confiscado em 1914, porém o governo tomou-o de novo assim que ficou pronto! O bispo trasladou então a instituição à cidade do México, onde
funcionou clandestinamente durante 15 anos. Foi o único seminário que esteve aberto durante esses anos de perseguição, chegando a contar com300 seminaristas.
                Dos dezoito anos que governou a diocese, nove passou-os no exílio ou fugindo porque buscavam matá-lo. Mesmo assim deu mostras de grande valor chegando a apresentar-se pessoalmente a um de seus perseguidores e a oferecer-se como vítima pessoal em troca da liberdade de culto.
Sua Morte
                Morreu na cidade do México. Seus restos mortais foram trasladados para a catedral de Jalapa, onde milhares de peregrinos vão pedir sua intercessão.
                Foi beatificado por S.S. João Paulo II e canonizado por S.S. Bento XVI.



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