4 de novembro de 2016

O dom de Sabedoria

             No último Sábado, os cooperadores do Sodalício Nossa Senhora da Saúde, da capital paulista, puderam apreciar uma interessante palestra sobre “O dom de Sabedoria”, proferida pelosacerdote arauto Pe. Jorge Manoel, orientador espiritual dos Arautos do Evangelho em Portugal.


              Sobre o tema tratado seguem algumas reflexões:
              Sábio, pela definição filosófica clássica, é quem conhece e julga as coisas pela razão natural, por suas últimas e mais altas causas. Entretanto,quando alguém as julga por instinto divino, possui o
dom sobrenatural de sabedoria.
              É próprio deste dom do Espírito Santo conceder à alma uma visão profunda de todas as realidades, segundo o prisma divino. Por isso, pode acontecer que uma alma simples e ignorante, sem estudos teológicos, possua “pelo dom de sabedoria um conhecimento profundíssimo das coisas divinas que pasma e maravilha aos mais eminentes teólogos”.
             Tal foi o que sucedeu, por exemplo, a Santa Joana d’Arc, ante seus pérfidos juízes; ou a Santa Bernadete e aos Pastorinhos de Fátima, ao serem inquiridos sobre a veracidade das aparições de Nossa Senhora, em Lourdes e em Fátima.
               E como tudo no universo criado tem uma estreita relação com seu Criador, até mesmo as mínimas coisas, se são contempladas à luz da sabedoria,nos manifestam sua ligação com Deus.
               Sendo este dom infundido no Batismo, é possível a qualquer cristão encontrar nos pequenos acontecimentos do dia a dia as lições que o Altíssimo deseja transmitir-lhe.
               Deus, que tem todo o universo nas mãos, nos derrama com abundância suas graças. Nós, todavia, como temos as nossas vistas postas nas coisas deste mundo, não vemos a imensidade destas graças em torno de nós e fixamos nossa atenção apenas nas coisinhas corriqueiras da vida concreta.
               Em nosso tempo hodierno, onde prevalecem a correria e o poder do dinheiro, a mentalidade do homem se prende ao palpável e ao programado, fruto de uma concepção ateu-prática da existência, em  que tudo funciona sem Deus.
               Quando acontece algo inesperado, uma desgraça qualquer, todos procuram uma explicação natural e um modo humano para resolver. Não há lugar para a sabedoria em seus domínios…
               Devemos levantar voo com as asas espirituais que Deus nos concede para nos beneficiarmos de suas graças: é só parar, olhar para Ele, aproximarmo-nos e pedir.

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