8 de março de 2016

Maria nos planos de Deus



           Depois de uma semana com diversos feitos apostólicos, os cooperadores do Sodalício Nossa Senhora da Saúde, da capital paulista, puderam assistir mais uma instrutiva palestra proferida pelo arauto Sr. Antonio de Oliveira Queiroz. A reunião foi precedida por uma Celebração Eucarística, abrilhantada pelo coral "Regina Angelorum".
           O tema exposto: "Maria Santíssima nos planos de Deus", agradou a todos e que teve como base o resumo que apresentamos a seguir:
           Entre o Padre Eterno e a criação existe o Homem-Deus: inteiramente Deus, como as outras Pessoas da Santíssima Trindade; tão homem quanto cada um dos descendentes de Adão. Resta, contudo, um tal abismo separando Nosso Senhor Jesus Cristo das demais criaturas, que a pergunta se impõe: na ordem das coisas não deveria haver um outro ser que, ao menos de algum modo, preenchesse esse hiato?
            Ora, a criatura chamada a completar esse vácuo no conjunto da criação, a criatura excelsa, infinitamente inferior a Deus, mas ao mesmo tempo insondavelmente superior a todos os Anjos e a todos os homens de todas as épocas — é precisamente Nossa Senhora.
            A Virgem Santíssima é para Deus Padre a mais eleita das criaturas, escolhida por Ele, desde toda a eternidade, para ser a Esposa de Deus Espírito Santo e a Mãe de Deus Filho. Para estar à altura dessa dignidade, Maria havia de ser a ponta de pirâmide de toda a criação, acima dos próprios Anjos, elevada a uma inimaginável plenitude de glória, de perfeição e de santidade.
            Por isso Dante, na Divina Comédia (que alguns dizem ser a Suma Teológica de São Tomás de Aquino posta em verso), depois de ter passado pelo Inferno e pelo Purgatório, percorre os vários círculos dos bem-aventurados no Céu. Quando chega no mais alto coro angélico, ou seja, no píncaro da mansão celeste, o Poeta começa a divisar a glória de Deus. É uma luz difusa, que seus olhos não conseguem sustentar.
            Ele repara então num outro ser que está acima dos Anjos: Nossa Senhora. A Virgem Santíssima lhe sorri, e Dante contempla nos olhos d’Ela o reflexo da luz de Deus.
           Acabou-se a Divina Comédia. O olhar humano fitou o olhar puríssimo, o olhar sacratíssimo, o olhar sumamente régio, o olhar indizivelmente materno de Nossa Senhora. Tudo então está consumado: a Divina Comédia termina na mais alta das cogitações humanas.
           Nossa Senhora é o grampo de ouro que une a Nosso Senhor Jesus Cristo toda a criação, da qual Ela é o ápice e a suprema beleza.” 
 (Corrêa de Oliveira, Plínio. Conferência em 7/2/1971)


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