23 de julho de 2015

O Segredo de Fátima



            No último Sábado, os Cooperadores do Sodalício Nossa Senhora da Saúde, desta Capital, juntamente com vários simpatizantes dos Arautos, assistiram instrutiva palestra em que se relembrava as palavras da Santíssima Virgem aos três pastorinhos portugueses. O palestrante, Pe. David C. Francisco, EP, celebrou Missa antes da exposição.


              Eis um resumo do que foi tratado sobre o denominado Segredo de Fátima

   Na terceira Aparição, em 13 de julho de 1917, Nossa Senhora disse [aos três pastorinhos] que era preciso rezarem o Terço para alcançarem as graças durante o ano. E continuou:     `Sacrificai-vos pelos pecadores, e dizei muitas vezes, sempre que fizerdes algum sacrifício: Ó Jesus, é por vosso amor, pela conversão dos pecadores, e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria’.”
              A visão do Inferno
              “Ao dizer estas últimas palavras abriu de novo as mãos, como nos dois meses passados. O reflexo [dos raios de luz] pareceu penetrar e abrir a terra e vimos como que um mar de fogo: mergulhados nesse fogo os demônios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras, ou bronzeadas, com forma humana, que flutuavam no incêndio levadas pelas chamas que delas mesmas saíam juntamente com chamas de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das fagulhas nos grandes incêndios, sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero que horrorizavam e faziam estremecer de pavor. (Deve ter sido ao deparar com esta vista, que dei esse ‘ai!’, que dizem ter-me ouvido). Os demônios distinguiam-se por formas horríveis e asquerosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes como negros carvões em brasa.”  

 A segunda parte do segredo – O anúncio do Castigo e dos meios para evitá-lo!
            “Assustados e como que a pedir socorro, levantamos a vista para Nossa Senhora, que nos disse com bondade e tristeza:
            – Vistes o Inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores. Para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. Se fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz. A guerra vai acabar. Mas, se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra pior. Quando virdes uma noite alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre.
             Para o impedir, virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se atenderem aos meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz. Se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas. Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-Me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz. Em Portugal se conservará sempre o dogma da Fé, etc.

             A Terceira parte do segredo:
             Eis o texto, redigido em 3 de janeiro de 1944 pela Irmã Lúcia, e publicado pela Santa Sé em 26 de junho de 2000:
       “Vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora, um pouco mais alto, um Anjo com uma espada de fogo na mão esquerda. Ao cintilar, despedia chamas que parecia iam incendiar o mundo, mas apagavam-se com o contato do brilho que da mão direita expedia Nossa Senhora ao seu encontro.
              A Santíssima Virgem retomou a palavra: Quando rezardes o Terço, dizei depois de cada mistério: Ó meu Jesus! Perdoai-nos, livrai-nos do fogo do Inferno, levai as alminhas todas para o Céu, principalmente aquelas que mais precisarem.
   O Anjo, apontando com a mão direita para a terra, com voz forte disse: ‘Penitência, penitência, penitência’. E vimos numa luz imensa, que é Deus, ‘algo semelhante a como se veem as pessoas num espelho quando lhe passam por diante’, um Bispo vestido de branco. ‘Tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre’. Vários outros Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas [a] subir uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande Cruz de troncos toscos, como se fora de sobreiro com a casca. O Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade meio em ruínas, e meio trêmulo, com andar vacilante, acabrunhado de dor e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho. Chegado ao cimo do monte, prostrado de joelhos aos pés da grande Cruz, foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam vários tiros e setas, e assim mesmo foram morrendo, uns trás os outros, os Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas e várias pessoas seculares, cavalheiros e senhoras de várias classes e posições. Sob os dois braços da Cruz estavam dois Anjos, cada um com um regador de cristal na mão; neles recolhiam o sangue dos Mártires e com ele regavam as almas que se aproximavam de Deus.”

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