31 de outubro de 2016

Amigos e intercessores



           Nos dois últimos finais de semana o arauto Antonio Oliveira Queiroz brindou os cooperadores do Sodalício Nossa Senhora da Saúde, da capital paulista, com duas interessantes palestras, em que o tema principal foi a existência dos Anjos e sua hierarquia celeste.
 


           Segue um apanhado do assunto para conhecimento de nossos caros leitores:

         Temos sempre junto a nós intercessores e amigos que, em qualquer necessidade ou tribulação, nos defendem e nos auxiliam para alcançarmos o termo final de nossa missão. Quem são eles?
          Em sua infinita bondade e misericórdia para com o gênero humano, Deus destinou para cada homem um Anjo da Guarda, que constantemente lhe vela e cuida: "Aos seus Anjos Ele mandou que te guardem em todos os teus caminhos. Eles te sustentarão em suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra" (Sl 90, 11-12).
          Sim, ele é nosso companheiro nesta vida e na eternidade. Entretanto, é um amigo discreto que, apesar de quase nunca se revelar como tal, admoesta, ensina, ajuda e inspira de muitas maneiras: ora por uma aguilhoada na consciência, ora por um conselho, ora pela sensibilidade a algum fenômeno natural. Basta uma condição: sermos sensíveis às suas moções.

    Organizados de forma hierárquica em nove coros
         Mas, quem são os Anjos? São espíritos puros, inteligentes, cheios da graça divina desde o início de sua existência na aurora da primeira manhã da criação. Dotados de inteligência e vontade, "são criaturas pessoais e imortais", que "superam em perfeição todas as criaturas visíveis".
          São Tomás de Aquino ensina, com base nas Escrituras, estarem eles distribuídos e ordenados em nove coros: "Isaías fala dos Serafins; Ezequiel, dos Querubins; Paulo, dos Tronos, das Dominações, das Virtudes, das Potestades, Principados; Judas fala dos Arcanjos, enquanto o nome dos Anjos está em muitos lugares".
          Não julguemos, todavia, que no interior dos coros angélicos reina uma monótona uniformidade. Os Anjos são tão diferentes entre si que cada um deles pode ser considerado uma espécie única. E são de tal modo numerosos, afirma Dionísio, "que ultrapassam o deficiente e limitado campo de nossos números físicos".
          Estes sublimes espíritos organizam-se de forma hierárquica, constituindo uma como que corrente ou escada que se dirige para o alto. Quanto mais elevada a posição nela ocupada, maior é o conhecimento de Deus. Contudo, isto não é causa de tristeza aos que ocupam posições inferiores, porque as capacidades, apetências e glória de todos são satisfeitas de maneira plena pelo próprio Criador, na visão beatífica. Não há entre eles, portanto, "sentimento de infelicidade. Pelo contrário, as qualidades dos Anjos que lhes são superiores constituem para eles motivo de admiração".
          Quanto a nós, homens e mulheres,  dispomos individualmente de um príncipe da corte celeste que nunca nos abandona, por mais que sejamos culpados ou passemos por terríveis situações. Ele é um fiel guardião pronto a inclinar-nos ao bem ou comunicar-nos a vontade divina. Porém, é respeitoso e quer nossa colaboração e atenção às suas inspirações.
                                       (Ir. Rita de Kássia Carvalho Defanti da Silva-Arautos do Evangelho)

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