20 de janeiro de 2014

A espetacular conversão de um incrédulo



               Afonso Ratisbonne, aparentado à celebre família Rothschild, tinha 27 anos quando a Santíssima Virgem lhe apareceu e o converteu instantaneamente, em 20 de janeiro de 1842.
               Homem culto, rico e de fino trato, bem relacionado nas altas rodas sociais, tinha pela frente um futuro muito promissor.
               De passagem por Roma, visitou como turista ruínas históricas, numerosos monumentos e igrejas.
               Na véspera da partida, em visita a um amigo, católico, recém-convertido do protestantismo, este lhe fez um desafio (Afonso era inteiramente avesso à Religião Católica, judeu de raça e religião):
               — Já que você é um espírito tão superior e tão seguro de si, prometa-me levar ao pescoço este presente que vou lhe dar.
               — Vejamos. De que se trata?
               — Simplesmente desta medalha (era a Medalha Milagrosa).
 Afonso aceitou meio a contragosto, mas , conforme prometera, passou a usá-la, pois, segundo ele, “era inofensiva”.
              No da seguinte, tinha encontro marcado com o mesmo amigo. Marcaram o encontro na praça onde está a igreja de Santo André delle Fratte.
              O amigo chegou à hora marcada, mas precisava encomendar uma Missa por um colega falecido na véspera. Afonso impressionado com a beleza material da igreja resolveu entrar e admirar os belos mármores, afrescos, etc.
             Quando o amigo voltou da sacristia, encontrou-o de joelhos, banhado em lágrimas.
             Perguntado pelo que ocorrera, Afonso respondeu: “Ah, como sou feliz! Como Deus é bom! Que plenitude de graças e de bondade!”.
             Com um olhar radiante de felicidade, abraçou seu amigo e levá-lo o quanto antes a um confessor; perguntou quando poderia receber o Batismo, sem o qual, afirmava, não conseguiria mais viver. Acrescentou que nada mais diria sem autorização de um sacerdote.
             O amigo, levou-o à igreja dos jesuítas, onde o Pe. Villefort o induziu a explicar o ocorrido. Afonso tirou do pescoço a Medalha Milagrosa, osculou-a e mostrou-a ao sacerdote, dizendo emocionado:
             — “Eu a vi! Eu a vi!”.
             Em seguida relatou:
             “Eu estava havia pouco tempo na igreja quando, de repente, senti-me dominado por uma emoção inexplicável. Levantei os olhos. Todo o edifício desaparecera. Apenas uma capela lateral tinha, por assim dizer, concentrado toda a luz. E no meio desse esplendor apareceu de pé sobre o altar, grandiosa, brilhante, cheia de majestade e doçura, a Virgem Maria, tal como está nesta medalha.Uma força irresistível empurrou-me para Ela. A Virgem fez-me sinal com a mão para que me ajoelhasse. Ela não me falou, mas compreendi tudo”.
              O padre pediu-lhe mais detalhes. O feliz convertido acrescentou que pôde ver a Rainha dos Céus em todo o esplendor de sua beleza sem mácula, mas não conseguiu contemplar diretamente sua face. Por três vezes, tentou erguer a vista, mas só chegou a pousar os olhos sobre suas mãos virginais. Delas saiam raios de luz em sua direção.
              Pouco depois, já devidamente instruído, foi batizado com o nome de Afonso Maria.Renunciou à família, à fortuna, à situação brilhante na sociedade, e ordenou-se sacerdote.
              Faleceu em odor de santidade, após uma vida de intenso apostolado em Jerusalém.
              Os italianos dão-lhe o nome de Madonna Del Miracolo, cuja festa comemoramos hoje.
              Revista Arautos do Evangelho, nº 23  

Nenhum comentário:

Postar um comentário