24 de julho de 2013

Novo milagre em Lourdes é reconhecido oficialmente



          A beneficiada pelo 69º milagre de Lourdes canonicamente reconhecido é a italiana Daniela Castelli.
          Ela nasceu em 16 janeiro de 1946 na cidade de Bereguardo, Itália, é casada, mãe de família e mora em Pavia, Itália.
          Até os 34 anos de idade levou uma vida normal, quando começou a padecer de crises de hipertensão (pressão alta) espontâneas graves.
          Em 1982, exames radiológicos e ecografias revelaram a existência de um tumor para-uterino e um útero fibromatóide. Danila foi objeto então de uma histerectomia (ablação do útero) e de uma anexectomia (excisão de anexos uterinos).
          Sua situação foi piorando e em novembro de 1982 ela foi objeto de uma ablação parcial do pâncreas.
No ano seguinte, uma cintilografia (exame que permite a visualização de órgão) confirmou a presencia de “feocromocitomas” (doença tumoral que produz catecolaminas, ou tumores raros que se desenvolvem na região medular das glândulas suprarrenais) na região do rectum, da vesícula e da vagina.
Até 1988, passou por diversas intervenções cirúrgicas com o objetivo de eliminar os focos que provocavam as crises de tensão arterial. Porém, o efeito foi nulo.
          Desde 1983, Danila começou a peregrinar todo ano a Lourdes.
          A peregrinação de 1989 parecia ser a última. Ela passava muito mal. “Estava desenganada”, conta ela. Mas, foi nessa romaria em que tudo parecia perdido, quando ela tinha 43 anos e após 9 anos de sofrimentos continuados, que Nossa Senhora lhe concedeu o milagre.
          No dia 4 de maio, Danila tomou banho nas piscinas do santuário obedecendo ao pedido de Nossa Senhora transmitido por Santa Bernadette: “a Senhora me disse que eu deveria beber da fonte e lavar-me nela”.
          Naquele momento sentiu um bem-estar extraordinário.
          A seguir, ela se apresentou ao Escritório de Constatações Médicas de Lourdes (Bureau des Constatations Médicales de Lourdes) e declarou o que lhe tinha acontecido. Como é de praxe, foi analisada, teve que fornecer os resultados dos exames antes e após a cura extraordinária e responder a todas as perguntas médicas.
          O Bureau realizou cinco reuniões (em 1989, 1992, 1994, 1997 e 2010 respectivamente) e acabou constatando a cura inexplicável pela ciência.
          Os médicos tiveram ainda que votar o caso e com um voto formal e unânime declararam:

 “A Sra. Castelli esta curada de maneira completa e durável, desde sua peregrinação a Lourdes em1989, do síndrome que ela sofria, e isto sem relação com as
intervenções e tratamentos médicos”.

          Desde a data do milagre, Danila Castelli retomou uma vida totalmente normal.
          O caso de Danila foi então para o Comité Médico Internacional de Lourdes – CMIL (Comité Médical International de Lourdes).
          O CMIL é uma espécie de segunda instancia médica que revisa e critica a decisão dos médicos do Escritório de Constatações Médicas de Lourdes, que é uma espécie de primeira instância. Os médicos do CMIL não tem relação com o Escritório de Lourdes e é composto de outras autoridades, que muitas vezes moram no exterior.
           Por fim, o CMIL, reunido em Paris, em 19 de novembro 2011, confirmou e certificou:
  “que o modo da cura continua sendo inexplicável no atual estágio dos conhecimentos científicos”.

          A ciência havia dado sua última palavra. Depois disso, era o momento da Igreja falar, pois o milagre é um fato religioso e só a autoridade diocesana do beneficiado é capaz de se pronunciar a este respeito. No caso concreto, a responsabilidade recaia no bispo de Pavia, que ainda entregou o caso à  análise de uma comissão teológica-médica. O resultado foi a aprovação plena.
          Diante das evidências e sem temer as críticas dos céticos e da cristianofobia, no dia 20 junho de 2013, Dom Giovanni Giudici, bispo da diocese de Pavia (Itália) onde mora Danila Castelli, declarou o caráter “prodigioso e milagroso” e a categoria de “sinal” de dita cura.
          Este é a 69ª cura de Lourdes reconhecida milagrosa por um bispo, de forma canônica, quer dizer de acordo com a lei da Igreja, não havendo mais razão para se duvidar dela.

    Até agora, se registram 7000 curas inexplicáveis em Lourdes desde 1858, data em que a jovem pastora Bernadette Soubirous viu a Virgem. Entre estes milhares de casos, 69 foram considerados como curas milagrosas pela Igreja Católica.

     Hoje Danila também é voluntária em Lourdes para ajudar os doentes.

           Quem sabe o leitor romeiro em Lourdes passou ao lado dela e não chegou a perceber, de tal maneira o sobrenatural impregna o ambiente do santuário. (Fonte: Bureau des Constatations Médicales du sanctuaire de Lourdes)

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