São dez horas da noite. Na silenciosa Roma - estamos no século XIV -. uma distinta dama reza na capela de seu palácio. Algumas poucas velas iluminam o recinto sagrado. De repente, uma forte luz toma conta do ambiente como se fosse meio-dia. A nobre senhora eleva seus olhos e contempla a face resplandecente de seu filho João Batista, falecido há alguns meses.
- Meu filho, de onde vens? . Venho da Corte Celeste, onde tenho a ventura de sempre contemplar a face indizivelmente bela de nosso Criador. Esta é a maior felicidade dos bem-aventurados, meus companheiros eternos de glória! . E quem é esse varão que te acompanha?
- Minha mãe, este é um anjo que pertence ao oitavo coro angélico, o coro dos Arcanjos, acima dos Anjos da Guarda, St Patrick Cathedral, New York_anjos.jpgque formam o nono coro angélico. Como vês, é muito mais belo do que eu, pois está mais próximo de Deus. O Divino Redentor envia este celeste protetor para que, a partir de hoje, te acompanhe e proteja dia e noite.
Santa Francisca Romana . pois é dela que se trata . estava inundada de indizível felicidade. A partir dessa memorável noite, gozou da visão ininterrupta de seu Arcanjo protetor. Mas era tão resplandecente a beleza do celeste mensageiro, que ele tinha de graduar sua luz para que a santa pudesse fitar sua face. Com efeito, conforme afirmam os inúmeros santos que receberam a graça de ver algum anjo, o brilho deles é superior ao do sol.
Claro está que a visão, neste mundo, das criaturas angélicas é um excepcional privilégio. Mas muito consoladora é a doutrina católica a respeito dos anjos.
A existência deles é uma verdade de fé. O testemunho da Escritura a esse respeito é tão claro quanto a unanimidade da Tradição, como o afirma o Catecismo da Igreja Católica..
Grandes comentadores das Sagradas Escrituras, como São Jerônimo e São Tomás de Aquino, afirmam que toda criança, no momento de seu nascimento recebe de Deus um Anjo da Guarda. Desde o início até a morte, a vida humana é cercada por sua proteção e por sua intercessão,ensina o Catecismo).
Cada fiel é ladeado por um anjo como protetor e pastor para conduzi-lo à vida., escreve São Basílio (apud CIC, 336). E não são apenas as crianças batizadas que recebem um anjo custódio, mas todo recém-nascido...
Carlos Alberto Soares Corrêa
Revista Arautos do Evangelho, Fev/2003, n. 14, p.34 e 35)
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