O povo estava a observar. Os príncipes dos sacerdotes com o povo O
escarneciam dizendo: "Salvou os outros, salve-Se a Si mesmo, se é o
Cristo, o escolhido de Deus!" 36 Também o insultavam os soldados que,
aproximando-se dele e oferecendo-lhe vinagre, 37 diziam: "Se és o Rei
dos judeus, salva-Te a Ti mesmo!" 38 Estava também por cima de sua
cabeça uma inscrição: "Este é o Rei dos judeus". 39 Um daqueles ladrões
que estavam suspensos da cruz, blasfemava contra ele, dizendo: "Se és o
Cristo, salva-Te a Ti mesmo e a nós" 40 O outro, porém, tomando a
palavra, repreendia-o dizendo: "Nem tu temes a Deus, estando no mesmo
suplício? 41 Quanto a nós se fez justiça, porque recebemos o castigo que
mereciam nossas ações, mas Este não fez nenhum mal." 42 E dizia a
Jesus: "Senhor, lembra-Te de mim, quando entrares no teu Reino!" 43
Jesus disse-lhe: "Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso."
(Lc 23, 35-43).
Neste Domingo, dia 22, a Igreja Católica comemora solenemente a Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo.
Ao
ouvirmos este Evangelho da Paixão, de imediato surge em nosso interior
uma certa perplexidade: por que a Liturgia, para celebrar uma festa tão
grandiosa como a de Cristo Rei, terá escolhido um texto todo ele feito
de humilhação, blasfêmia e dor?
Tanto
mais que, em extremo contraste com esse trecho de São Lucas, a segunda
leitura de hoje nos apresenta Jesus Cristo como sendo "a imagem do
Deus invisível, o Primogênito de toda a criação (...) porque foi do
agrado do Pai que residisse n'Ele toda a plenitude" (Col 1, 15 e 19). Como conciliar esses dois textos, à primeira vista, tão contraditórios?
Apreciemos a respeito os comentários do fundador dos Arautos, Mons. João Clá Dias. Acesse aqui
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