Deus o chamou para ser o "grande patriarca do monaquismo ocidental". A ordem por ele fundada fez nascer das ruínas do Império Romano a cultura e a civilização européias.
"O navio afunda!" - exclamava São Jerônimo, que escreveu com tristeza ao receber a notícia da queda de Roma: "A minha voz se extingue; os soluços embargam-me as palavras. Está tomada a ilustre Capital do Império. A civilização parecia se desfazer num dramático ocaso sem esperança.
Entretanto, uma estrela luzia nessa escuridão desconcertante, indicando o verdadeiro rumo dos acontecimentos: na cidade de Hipona cercada pelos vândalos, Santo Agostinho escrevia "A Cidade de Deus", proclamando que o mundo nascido do paganismo çobrava irremediavelmente, e a Cidade de Deus - a Santa Igreja Católica - não apenas jamais seria destruída, mas sempre triunfaria sobre qualquer adversidade.
Que meios, porém, e que homens utilizaria Deus para desse caos fazer emergir a ordem e o esplendor?
Vocação do varão providencial
Nos tempos evangélicos, o Divino Mestre chamara obscuros pescadores para serem as colunas de sua Igreja. Agora o Espírito Santo escolhia um jovem para renovar essa sociedade convulsionada e instaurar uma nova civilização. No entanto - oh, paradoxo! - esse rapaz, cujo nome era Bento, nascido de nobre família da Núrsia, em 480, sentiu em si o apelo do Senhor para O seguir no silêncio e na solidão... continua
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