26 de dezembro de 2013
O martírio de São João Evangelista
No ano de 94, desencadeou-se a terrível perseguição promovida pelo Imperador Domiciano. Um após outro, os cristãos eram presos e martirizados.
Certo dia, a polícia imperial tomou conhecimento de que se encontrava na cidade uma grande personalidade cristã, um hebreu de nome João. Dizia-se ser um dos líderes mais respeitados da "seita", pois havia conhecido o próprio Cristo. Procederam logo à sua captura. Sem resistência, como o Redentor havia feito anos antes, São João Evangelista deixou-se levar.
Sumariamente, o Imperador condenou- o à morte por envenenamento.
Sem perder tempo, os algozes conduziram- no à Porta Latina e puseram-lhe nas mãos uma taça cheia da mais mortífera das poções, pois havia chegado aos seus ouvidos que os cristãos consideravam aquele homem imortal. Cheios de presunção, ordenaram-lhe esvaziar todo o seu conteúdo.
Sereno, o Discípulo Amado aproximou de seus lábios a taça e bebeu tudo. Passaram-se alguns instantes... nada.Mais alguns minutos... e nada.
Furiosos, os carrascos prepararam ali mesmo um caldeirão de azeite fervente, certos de que este seria mais eficaz do que o veneno.
Enquanto o azeite esquentava, cortaram- lhe os cabelos - em sinal de ignomínia - e feriram-lhe o corpo com objetos pontiagudos.
Quando o imergiram no caldeirão, tiveram uma grande surpresa, pois ele não dava qualquer manifestação de dor. Surpresa logo transformada em incontido terror, por verem o corpo do venerável ancião revigorar-se no azeite fervente.
Tomados de pavor, os esbirros o tiraram do caldeirão e correram a relatar o fato ao Imperador. À vista do sucedido, este achou mais recomendável não insistir nas tentativas de dar a morte a um homem tão protegido pelos Céus e condenou-o ao exílio na ilha grega de Patmos.
(Revista Arautos do Evangelho, Set/2004, n. 33, p. 34-35)
Dia 27 de dezembro: Festa do Apóstolo São João Evangelista.
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